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"Sociedade não tolera mais Judiciário moroso", diz presidente da OAB Marcus Vinicius

De acordo com o presidente da OAB, adiar a vigência do novo CPC, segue na contramão do objetivo da proposta que é a união de agilidade e segurança em processos jurídicos.

Na manhã desta terça-feira (23), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcus Vinicius Furtado Coelho, rebateu proposta do ministro Gilmar Mendes para adiar em até cinco anos o início do novo Código de Processo Civil (CPC). O novo código foi sancionado em março de 2015, e o prazo para que entre em vigor é de um ano.

De acordo com o presidente da OAB, adiar a vigência do novo CPC, segue na contramão do objetivo da proposta que é a união de agilidade e segurança em processos jurídicos. “O novo CPC foi construído para unir celeridade com segurança jurídica. A sociedade não tolera mais um, judiciário moroso, onde litígios são eternos. Adiar a vigência do novo CPC vai na contra mão deste desejo", afirmou. 

O ministro Gilmar Mendes lançou uma proposta para que seja alterado o início da vigência, via projeto de lei, do novo código para daqui à 3 ou 5 anos, pois segundo ele, as novas regras vão sobrecarregar os trabalhos na corte. O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi procurado pelo ministro, e disse que vai apoiar a proposta.
Imagem: DivulgaçãoMarcus Vinícius(Imagem:Divulgação)Marcus Vinícius
Ainda de acordo com Coelho, a retirada da admissibilidade pelo presidente do Tribunal, dos recursos ao Supremo Tribunal da Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), não foi decretada pela OAB, e disse que se os tribunais superiores entendem que tal medida vai inviabilizar seu funcionamento, “o mais adequado é apenas alterar esta regra, possibilitando que o novo CPC, entre em vigor no prazo previsto”.

A reforma foi elaborada por uma comissão de juristas, coordenada pelo ministro do STF, Luiz Fux, antes de ser submetida aos congressistas. A discussão durou cinco anos.

Vital Rêgo (PMDB-PB), que é o relator do novo CPC no senado, disse que a matéria foi consensual entre as duas Casas Legislativas, e que cabe ao Congresso dar a última palavra. “A observação do Ministro é relevante e poderá ser apreciada pelo Congresso. Mas não acho necessário adiar”, afirmou.

* Com informações do Folha de S. Paulo

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