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Juiz Sérgio Moro paralisa ação contra Odebrecht

O juiz suspendeu o prazo das alegações finais para a defesa na ação da Odebrecht.

Nesta terça-feira (2), o juiz federal Sérgio Moro determinou a suspensão do prazo para as alegações finais da defesa na ação penal que envolve a empreiteira Odebrecht. A decisão foi tomada porque, segundo a Justiça, as informações da Suíça foram enviadas para o Brasil de maneira incorreta.


"Apesar da aparente identificação de condutas criminais envolvendo as contas, entendeu a Corte que a documentação não poderia ser encaminhada via pedido de cooperação ativo (da Suíça) ao Brasil, pois deveria seguir o procedimento do pedido de cooperação ativo do Brasil à Suíça", informa um trecho do despacho de Moro.

As alegações finais simbolizam o último trâmite antes da sentença do juiz. A Odebrecht foi alvo da 14ª fase da Operação Lava Jato. Desde junho de 2015, quando a fase foi deflagradas, pessoas ligadas à empresa, entre elas, Marcelo Odebrecht, estão detidas no Paraná.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), a empreiteira agia de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitação da Petrobras. Conforme o MPF, o diferencial estava no pagamento de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.

Contas na Suíça

As autoridades suíças investigaram e apontam que empresas do Grupo Odebrecht utilizaram contas bancárias naquele país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.

O MPF afirma que a Suíça informou que os pagamentos foram feitos a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento; Renato Duque, ex-diretor de Serviços; Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços; Jorge Zelada e Nestor Cerveró, ambos ex-comandantes da área Internacional.

A investigação da Suíça aponta que os pagamentos ao dirigentes da Petrobras eram feitos por meio de subsidiárias da Odebrecht, como Smith & Nash, , Arcadex, Havinsur, Golac e Sherkson. O dinheiro também transitava em contas mantidas em offshores em países como Panamá, Antigua e Barbuda e Áustria.

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