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Acordo com Ministério da Saúde torna ligações para CVV gratuitas

O novo número deverá ser alterado ou implantado em todos os estados até abril de 2020.

Um acordo cooperação técnica assinado entre o Ministério da Saúde e o Centro de Valorização à Vida (CVV) nesta sexta-feira (10), permitirá o acesso gratuito ao serviço prestado pelo número de telefone 188. Através desse número, pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou aquelas que estão correndo risco de cometerem suicídio conversam com voluntários da instituição e são aconselhados. Antes, o serviço era cobrado e prestado por meio do 141.

O novo número deverá ser alterado ou implantado em todos os estados até abril de 2020. O 141 continua sendo usado até o fim da implantação segundo com anúncio feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.

“O trabalho dos 2 mil voluntários que dedicam seu tempo na instituição é muito importante. É um voluntariado muito efetivo, com resultados muito positivos. O Ministério da Saúde vai continuar apoiando o CVV para que possa ampliar de forma significativa o acesso de pessoas a esse apoio emocional em momentos de angústias”, disse Barros, na sede do CVV.

  • Foto: Aloisio Mauricio/Estadão ConteúdoMinistro da Saúde, Ricardo BarrosMinistro da Saúde, Ricardo Barros

O serviço de ligação gratuito do CVV já existe na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em parceria com o Ministério da Saúde, há quatro anos, depois que 242 jovens morreram em um incêndio da boate Kiss.

De acordo com a Agência Brasil, o CVV existe há 55 anos e tem mais de 2 mil voluntários atuando na prevenção ao suicídio. Roraima, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rondônia são os únicos estados que não possuem postos de atendimento. A assistência também é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat.

O Brasil está entre os 28 países, de 160 analisados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que têm estratégias para prevenção ao suicídio.

Em 2014, no país foram registrados no Sistema de Informação de Mortalidade, 10.653 óbitos por suicídio, o que corresponde à taxa média de 5,2 por 100 mil habitantes. O índice de suicídios entre os homens (8,8) foi quatro vezes maior do que entre as mulheres (2,2). A faixa com maior incidência é a de 30 a 39 anos para os dois sexos. A meta global da OMS é reduzir as taxas em 10% até 2020.

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