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Ministro do STF pode estar entre vítimas de hacker

De acordo com pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, Vermelho relatou aos policiais a sua vasta lista de vítimas.

Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”, preso na terça-feira, 23, sob suspeita de invadir celulares de autoridades, pode ter acessado o aparelho de pelo menos um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, Vermelho relatou aos policiais a sua vasta lista de vítimas. O Estado não conseguiu confirmar o nome do ministro.

Conforme o jornal revelou na edição desta quarta-feira, entre os alvos do suposto hacker está até mesmo o presidente Jair Bolsonaro. Ele foi informado pelo Ministério da Justiça, que confirmou a informação em nota oficial na manhã de hoje.

Apesar de a nota não dizer quando os celulares de Bolsonaro foram alvos de ataque, a reportagem confirmou, em seguida, com o próprio ministério, que as ações de hackers se deram em um período em que ele já estava na Presidência da República.

O ministério da Justiça ainda não tem a confirmação sobre se o conteúdo dos celulares do presidente chegou a ser extraído pelos hackers. Ao menos dois aparelhos celulares foram alvo dos ataques.

A PF tem indícios de que os quatro suspeitos presos são os mesmos que acessaram conversas trocadas pelo Telegram de altas autoridades dos Três Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro; procuradores da Lava Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias, buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados nesta terça. O número de vítimas, segundo a PF, pode passar de mil.

Intercept. A investigadores da Operação Spoofing, Vermelho afirmou ter dado entregado ao jornalista Glenn Greenwald informações capturadas do aplicativo Telegram, como antecipou o Estado. Ainda segundo pessoas que tiveram acesso ao depoimento, o invasor afirmou que não pediu nenhuma contrapartida financeira para repassar as informações ao jornalista.

A defesa de Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, disse, em nota, que “não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas”.

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