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Cearenses escravizados na Ásia são repatriados ao Brasil

Naturais de Sobral, o grupo foi enganado com proposta de emprego na Tailândia com o salário de R$ 10 mil.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) anunciou na última terça-feira (15) a negociação para repatriação de um grupo de brasileiros escravizados em Mianmar, na Ásia. Seis jovens cearenses encontrados em situação análoga à escravidão, estão sendo repatriados do país asiático ao Brasil.

O grupo recebeu uma proposta de emprego na Tailândia, com promessa de salário de R$ 10 mil, além de alimentação e estadia incluídas, para supostamente trabalhar com criptomoedas (moedas digitais). No entanto, os jovens foram levados até Mianmar e encontraram uma realidade completamente diferente.

De acordo com um dos parentes das vítimas, eles eram obrigados a trabalhar de 14 a 16 horas por dia, com uma folga por mês. Segundo ele, os brasileiros também ficavam em cárcere privado e caso cometessem algum erro, tinham que pagar multa, com descontos nos salários.

O grupo se comunicava com a família exclusivamente por mensagens de texto. Após 15 dias sem contato, os familiares das vítimas acharam a atitude suspeita e acionaram as autoridades. Em 22 de setembro deste ano, o Ministério das Relações Exteriores alertou sobre o caso de aliciamento de brasileiros para o continente asiático e recomendou que este tipo de proposta de trabalho seja descartada.

Otoniel Mendes, parente de uma das vítimas, reforçou que pessoas que recebem ofertas de emprego tentadoras redobrem o cuidado, "esses aliciadores só vêm pensando neles. Eles não estão nem aí para você, sua família, porque ele tá tendo retorno por cada pessoa que tá levando para lá. É um golpe, você corre o risco de não voltar mais, você vai chorar um choro que sua mãe nunca viu. Sem contar o desespero que sua família vai estar tendo aqui", afirmou Otoniel.

Com informações da repórter Carolina Matta

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