Jeyson Moraes
O desembargador Erivan Lopes, da 2ª Câmara Especializada Criminal, do Tribunal de Justiça do Piauí, negou o pedido da defesa do empresário Carlos Eduardo Alves de Sousa, dono da loja BB do iPhone, que solicitou a anulação do mandado de prisão preventiva contra ele. A decisão foi dada na última sexta-feira (03).
Carlos Eduardo foi alvo da 18ª fase da Operação Interditados, deflagrada no dia 2 de maio, acusado dos crimes de receptação qualificada e falsificação de documentos públicos. O empresário não foi localizado pelas forças de segurança durante a operação e, por ter um mandado de prisão preventiva expedido contra ele, é considerado foragido da Justiça.
A defesa, no entanto, entrou com um pedido de liminar alegando que a “aplicação de medidas cautelares diversas é mais adequada” e “que o paciente é cidadão civilmente identificado, possui residência fixa e é primário”.
Ao analisar o pedido, o desembargador Erivan Lopes negou a anulação do mandado de prisão e destacou que a “preventiva foi devidamente justificada na garantia da ordem pública, considerando a gravidade concreta das condutas, porquanto o paciente, em tese, integra associação criminosa voltada para prática do crime de comercialização ilegal de aparelhos telefônicos, além de confeccionar notas fiscais falsas com o propósito de ocultar a origem ilícita dos aparelhos negociados através de lojas físicas e da internet, e utilizadas para tentar resgatar os aparelhos apreendidos pela autoridade fazendária”, diz um trecho da decisão.
Operação Interditados
A Superintendência de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí divulgou na sexta-feira (03) a foto do empresário Carlos Eduardo Alves de Sousa, mais conhecido como BB do iPhone, que está sendo procurado pelas Forças de Segurança. Ele foi alvo da 18ª fase da Operação Interditados, deflagrada na quinta-feira, 02 de maio, e é considerado foragido.
Durante a ação desencadeada na região metropolitana de Teresina, foram expedidos 07 mandados de busca e apreensão e 04 mandados de prisão preventiva. Além disso, três lojas tiveram suas atividades econômicas suspensas.
O superintendente de Operações Integradas (SOI), delegado Matheus Zanatta, afirmou que durante a operação foram apreendidos equipamentos eletrônicos que estavam sem nota fiscal. “É importante ressaltar que alguns alvos desta operação, já foram alvos da Operação Interditados em fases anteriores, os mesmos estavam produzindo notas fiscais fraudulentas com intuito de retirar materiais e equipamentos apreendidos durante operações”, disse o delegado Matheus Zanatta.
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