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Aneel decide não aplicar bandeira tarifária na conta de energia em maio

Segundo a Aneel, a escolha da bandeira verde deve-se às condições favoráveis de geração de energia.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nessa sexta- feira (28) que os consumidores não terão que pagar taxas extras na conta de luz em maio. A bandeira verde foi mantida para o próximo mês para todos os usuários conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022, a conta de luz não tem cobranças adicionais.

Segundo a Aneel, a escolha da bandeira verde deve-se às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios. O nível médio de armazenamento dos reservatórios no início do período seco atingiu 87%, explicando o cenário atual.

Se a Aneel tivesse instituído outras bandeiras, a conta de luz refletiria um reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado em junho de 2022. A agência informou que os aumentos refletiram a inflação e o aumento dos custos das usinas termelétricas este ano, decorrentes do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel e refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. As bandeiras indicam quanto custa para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada em residências, estabelecimentos comerciais e indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há acréscimo. Já quando são aplicadas as bandeiras amarela ou vermelha, a conta sofre acréscimos que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Durante a bandeira de escassez hídrica, que vigorou de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, os consumidores pagavam R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, cobrindo praticamente todo o país. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida principalmente por térmicas a óleo diesel.

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