Fechar
GP1

Brasil

Alexandre de Moraes troca farpas com André Mendonça durante sessão

Supremo Tribunal Federal formou maioria para derrubar o indulto de Bolsonaro a Daniel Silveira.

Na quinta-feira (04), durante a votação da validade do indulto do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), os ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), trocaram farpas. A maioria dos juízes do STF derrubou a graça concedida pelo então presidente Jair Bolsonaro.

Durante a sessão, Mendonça citou especialistas que criticaram a pena atribuída pelo STF a Silveira, julgado pela Corte no ano passado por críticas feitas a membros da Casa. "Após o julgamento do Supremo, surgiram vozes na sociedade dizendo que a pena teria sido excessiva", observou Mendonça. "Eu cito, nesse sentido, entrevista dada ao jornal O Estado de S. Paulo, por Fernando Abrucio, em matéria publicada no dia 28 de abril de 2022. Diz a chamada da matéria: 'Pena de Daniel Silveira foi um pouco exagerada, e Congresso não deu suporte ao STF, diz pesquisador'".

Em seguida, Alexandre de Moraes pediu a palavra a André Mendonça. "Ele é jurista?", interpelou o juiz do STF. "Não", respondeu Mendonça. "Só para que conste nos anais desta Casa", acrescentou Moraes. "Mas cito também Fernando Capez, um consultor jurídico que foi colega de Vossa Excelência", rebateu Mendonça. "E à época, candidato a deputado pelo partido do presidente", disse Moraes.

Mendonça retomou a palavra e citou mais um nome, explicando que o artigo a ser mencionado também "não faz referência a nenhum jurista". Moraes repetiu: "Também não é jurista".

"Não, não é", afirmou André Mendonça. "Mas ele diz o seguinte, salvo que a gente vá dizer que seja fake news. Podemos até dizer." Na quarta interrupção, Moraes debochou: "Levando em conta quem está sendo julgado, é possível".

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.