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Folha de São Paulo critica Lula por socorro à Argentina

O jornal se manifestou contra a tentativa do presidente petista de ajudar o país.

A Folha de S.Paulo publicou um editorial no domingo, 7 de maio, criticando o presidente Lula por suas relações internacionais baseadas em afinidades ideológicas com governos de esquerda. O jornal lembrou que sob os governos anteriores de Lula, o Brasil firmou contratos extremamente benéficos para as ditaduras latino-americanas de esquerda de Cuba e Venezuela, além de ter sofrido um calote de mais de R$ 4 bilhões.

O editorial alerta que esse poderá ser o caminho novamente se Lula seguir adiante com o plano de financiamentos à Argentina, que está mergulhada numa crise econômica profunda sob o governo do amigo Alberto Fernández. Com a inflação chegando a 100%, o governo argentino e o próprio Lula recusam-se a admitir que a crise proveio de decisões ruins, mas preferem culpar o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Entretanto, segundo a Folha de S.Paulo, “a responsabilidade pelo caos argentino é de sucessivos governos — à direita ou à esquerda, mas todos reféns do peronismo — que geriram a economia de modo irresponsável. Fernández e suas políticas populistas tornaram a situação mais dramática nos últimos anos”.

Para sair da hiperinflação e da desvalorização acelerada da moeda e retomar a credibilidade, a Argentina precisaria de ajustes internos, mas não parece ser o caminho do peronismo, sugere o editorial. E, com a crise no país vizinho, o Brasil perde.

A Folha de S.Paulo afirma que Lula ainda não entregou dinheiro brasileiro ao vizinho, limitando-se a uma tentativa até aqui infrutífera de ampliar o comércio por meio de promessas de crédito a exportadores brasileiros e compradores argentinos. No entanto, caso isso ocorra, dificilmente será possível evitar um calote da Argentina, a não ser que o próprio governo argentino coloque sua casa em ordem.

O editorial conclui afirmando que o pior modo de o Brasil exercer sua influência na América Latina é “dando suporte a políticas fracassadas que sabotam o desenvolvimento de todos”. Mesmo a tentativa de Lula de fazer com que o banco dos Brics, hoje presidido por Dilma Rousseff, seja garantidor de eventual empréstimo, não poderia salvar a Argentina de um calote.

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