Leona da Mata
O presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva (PT), recusou o convite para participar da Marcha para Jesus de 2023. O evento cristão é realizado pelas igrejas evangélicas e todo ano reúne milhares de adoradores em diversas cidades do mundo. A edição deste ano, em São Paulo, acontecerá na próxima quinta-feira (08), no feriado de Corpus Christi.
O presidente informou sua ausência em carta enviada ao idealizador da caminhada, Estevam Hernandes. Na carta, Lula diz que irá enviar dois representantes em seu lugar, a deputada evangélica Benedita da Silva (PT) e o advogado da União. “Sempre admirei e respeitei a Marcha para Jesus, que considero uma das mais extraordinárias expressões de fé do nosso povo”, informa a carta assinada pelo chefe do executivo.
De acordo com apuração realizada pela Folha de S.Paulo, Estevam Hernandes avaliou como positiva a recusa de ir ao evento vinda de Lula. “Achei muito importante da parte dele esse reconhecimento da Marcha, no sentido de ser um evento cristão de importância mundial”, alegou o idealizador do evento, que é realizado há pelo menos 30 anos no Brasil.
No segundo mandato, Lula sancionou a lei que criou, em 2009, o Dia Nacional Marcha para Jesus e mesmo tendo feito isso e prol da comunidade cristã, o presidente nunca compareceu a nenhuma das edições, assim como nenhum presidente com exceção de Bolsonaro, que sempre esteve presente enquanto era mandatário do Brasil. Anteriormente, Hernandes apoiava o petista até romper com ele e se aliar a Bolsonaro no período de 2018 a 2022.
“Se você realmente tem o resultado nas urnas, e tem um processo democrático, então nós vamos ser presididos por A ou B, não tem como se insurgir, um ‘não aceito A ou B’. Aquele que for eleito é o presidente dos brasileiros”, declarou Estevam Hernandez à Folha quando perguntado sobre a possibilidade de vitória de Lula em 2022.
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