Em meio à perda de relevância no cenário político nacional, o PSDB está em vias de formalizar uma fusão com o Podemos. A união das legendas, prevista para ser anunciada até o fim de abril, surge como uma estratégia para fortalecer a presença tucana e garantir maior competitividade nas próximas eleições.
Após negociações frustradas com partidos maiores, como MDB, PSD e Republicanos, a sigla tucana encontrou no Podemos um aliado disposto a colaborar com um projeto de reconstrução partidária. A nova legenda, que deve se chamar inicialmente #PSDB+Podemos, será liderada pela deputada federal Renata Abreu (SP), atual presidente do Podemos. O nome definitivo ainda está em discussão.

Nos bastidores, a expectativa é de que a fusão resulte em uma bancada robusta, com 33 deputados federais, sete senadores e três governadores, além de um fundo partidário superior ao de partidos como MDB e PSD. A aliança também busca se apresentar como uma alternativa de centro, diante da polarização entre PT e PL.
Apesar do entusiasmo da cúpula nacional, o processo de unificação provoca desconfortos internos. Governadores tucanos como Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS) demonstram insatisfação com a falta de estrutura da nova sigla e estudam possíveis desfiliações. Leite estaria sendo sondado pelo PSD, enquanto Riedel avalia convite do Republicanos — o que poderia gerar uma debandada de parlamentares aliados.
O PSDB já havia buscado outras fusões, mas divergências estaduais e ideológicas inviabilizaram os acordos. O Republicanos, por exemplo, chegou a conversar com os tucanos, mas propôs incorporar o PSDB mantendo seu próprio nome e programa, o que foi rejeitado. Já o Podemos apresentou mais flexibilidade, abrindo espaço para uma renovação programática conjunta.
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