O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas sobre a condução da política fiscal e econômica do governo Lula (PT), durante entrevista concedida à Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (09). Segundo ele, parte da sociedade e da imprensa tem demonstrado “falta de honestidade intelectual” ao avaliar os esforços da atual gestão para conter a inflação e equilibrar as contas públicas.
Haddad afirmou que o Brasil vive hoje uma situação econômica melhor do que a enfrentada nos últimos anos, destacando que o processo de ajuste é contínuo, exige diálogo e tem caráter pedagógico.“Estamos em uma situação melhor do que já estivemos. E este é um trabalho permanente, porque também é pedagógico, de consistência e resiliência, de conversar o tempo todo com todos para não sairmos do rumo traçado”, explicou.

Ao ser questionado sobre por que esses desafios não foram enfrentados em gestões anteriores, o ministro ressaltou que, para o governo atual, o ajuste fiscal precisa estar atrelado a um crescimento econômico mais robusto, o que, segundo ele, é fundamental para corrigir distorções orçamentárias. “O que diferencia o Lula dos antecessores é que, para nós, o ajuste fiscal depende de um crescimento mais robusto, importante até para corrigir as distorções do nosso orçamento”, disse.
Durante a entrevista, Haddad também lembrou que o Brasil acumulou cerca de uma década de déficits primários, atribuindo parte da responsabilidade à atual oposição. “A atual oposição teve sete anos para fazer o ajuste fiscal e não fez. É curioso que isso nunca seja relembrado”, afirmou.
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