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Economia e Negócios

Inflação em alta diminui poder de compra do brasileiro

É a primeira vez que isso acontece em 11 anos. A inflação é a grande vilã.

Entre os anos 2015 e 2016, os brasileiros perderão 280 bilhões de reais no seu poder de compra. De acordo com matéria do jornal O Globo, desde 2004 os recursos disponíveis de consumo crescem em um ritmo de 2,5% mas pela primeira vez o movimento será contrário.

Quem informa é a consultoria Tendências e segundo o cálculo, a inflação desgasta a renda e os juros em alta aumentam os desembolsos para pagamento de dívidas.

No ano de 2014 os brasileiros tinham em mãos 3,06 trilhões de reais para gastar com itens essenciais (educação, habitação, transporte, energia, agua) e na aquisição de bens de consumo e serviços.

Segundo os cálculos da consultora, o valor cairá a 2,82 trilhões de reais em 2015 e a 2,78 trilhões de reais em 2016. Esse valor demonstra um retrocesso de 5 anos, visto que no ano de 2011 o poder de compra dos brasileiros era de 2,74 trilhões de reais.

O aumento da gasolina também foi um fator comprometedor para esse resultado. Além do combustível, houve aumento nas contas de água e luz, que são chamados preços administrados.

O cálculo é feito de forma simples, considerando a massa de renda real disponível e descontando a inflação. Além de salários, são colocados também no cálculo os recebimentos da previdência social e do programa Bolsa Família, por exemplo.

O estudo é assinado pelos economistas Rafael Bacciotti, Rodrigo Baggi e João Morais. "O cenário é negativo para todos os lados. O desemprego deve subir a 8% este ano e chegar a 8,5% em 2016. Já a inflação deve fechar 2015 em 9,6% e recuará até 6,5% no ano que vem, ainda um patamar elevado. Tudo isso fará com que as famílias percam 280 bilhões de seu poder de compra", disse João Morais.

Inflação

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o aumento da inflação foi de 0,54% do mês de agosto para setembro de 2015. No ano, o indicador acumulado está em 7,64%, o mais elevado desde 2003, quando atingiu 8,05%. Em doze meses o avanço é de 9,49%.

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