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Economia e Negócios

Bolsonaro recua e diz que teto de gastos segue como 'norte' do governo

Na quinta-feira ele havia admitido que existe no governo a ideia de descumprir o mecanismo de controle de despesas.

Depois de dizer que a ideia de furar o teto de gastos existe, o presidente Jair Bolsonaro recuou e voltou ao discurso de que a responsabilidade fiscal é o "norte" do governo. Na manhã desta sexta-feira, 14, o presidente usou suas redes sociais para reforçar seu compromisso com a manutenção do teto, depois de ter indicado que poderia extrapolar gastos, na noite anterior.

Em transmissão ao vivo na quinta-feira, 13, Bolsonaro disse: "A ideia de furar teto (de gastos) existe, o pessoal debate, qual o problema?". Ele pediu ainda compreensão e "um pouquinho de patriotismo" do mercado financeiro no caso de superação do teto de gastos.

As declarações foram feita um dia após reunião com o ministro Paulo Guedes, da Economia, e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de outros ministros, incluindo o do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Na ocasião, Bolsonaro, Maia e Alcolumbre se pronunciaram em defesa do teto de gastos.

Na manhã desta sexta, contudo, o presidente afirmou que "não há dúvidas de que parte da grande imprensa tradicional virou partido político de oposição ao atual governo".

"Apenas posso lamentar essa obsessão pelo 'furo jornalístico' onde a verdade é a primeira vítima nesses órgãos de comunicação, que teimam em desinformar e semear a discórdia na sociedade", criticou.

Bolsonaro justificou que sua fala na quinta-feira estava relacionada à visão de que "por mais justa que fosse a busca de recursos por parte de ministros finalistas, a responsabilidade fiscal e o respeito Emenda Constitucional do 'Teto' seriam o nosso norte".

"Vamos trabalhar junto ao Congresso para controlar despesas com objetivo de abrir espaço para investimentos e assim atravessarmos unidos essa crise. O presidente e seus ministros, sempre focados no absoluto respeito às leis, seguem trabalhando para resgatar econômica, ética e moralmente o Brasil", complementou.

A regra do teto de gastos, prevista na Constituição, impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação.

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