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Economia e Negócios

Brasil criou mais de 131 mil vagas de emprego em julho, diz governo

Resultado é o melhor para o mês desde 2012; mas no acumulado do ano o País teve 1 milhão de demissões a mais do que contratações.

O Brasil voltou a gerar empregos com carteira assinada em julho, quando as contratações superaram as demissões em 131.010 vagas, informou o Ministério da Economia nesta sexta-feira, 21.

A programação inicial do governo era de que o resultado seria publicado somente na quinta-feira da semana que vem, 27, mas a divulgação foi antecipada pela área econômica.

A evolução positiva do emprego formal acontece após quatro meses de queda, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

De acordo com dados oficiais, esse também foi o melhor resultado para o mês de julho desde 2012, quando foram contratados 142.496 trabalhadores com carteira assinada.

A maior parte do mercado financeiro já esperava uma retomada do emprego no mês passado, mas o desempenho do Caged em julho veio melhor que o intervalo das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de fechamento líquido de 20.789 vagas a criação de 91.389 vagas em julho, com mediana positiva em de 25 mil postos de trabalho.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, ainda segundo informações do Ministério da Economia, as demissões superaram as contratações em 1,092 milhão de empregos formais.

As demissões refletem o impacto no mercado de trabalho brasileiro da pandemia de covid-19, que está empurrando a economia mundial para uma forte recessão. No Brasil, estimativa mais recente dos economistas do mercado financeiro é de uma queda de 5,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

A criação de vagas foi puxada principalmente pelo setor industrial em julho, que contratou 53.590 pessoas a mais do que demitiu. O setor de construção, que em junho já havia apresentado saldo positivo, contratou 41.986 pessoas a mais do que demitiu no mês passado.

O comércio contratou mais do que demitiu pela primeira vez desde março: foram 28.383 novas vagas. O setor de serviços, registrou 15.948 demissões a mais do que contratações em julho (em junho, as demissões na área foram de 50.345).

No mês passado 25 Estados registraram resultado positivo e apenas dois tiveram saldo negativo. Todas as cinco regiões do País tiveram abertura líquida de vagas. O melhor resultado foi registrado em São Paulo com a abertura de 22.967 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi do Sergipe que registrou o fechamento de 804 vagas em julho.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada subiu de R$ 1.703,68, em junho, para R$ 1.709,71 em julho.

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