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Economia e Negócios

Serviços têm alta de 1,1% em julho e atingem maior nível em 5 anos

Em quatro meses de resultados positivos, setor acumula crescimento de 5,8%.

O volume de serviços prestados no País cresceu 1,1% em julho ante o mês anterior, na quarta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 5,8%, segundo dados Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o setor está 3,9% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e também alcança o patamar mais elevado desde março de 2016.

Em relação a julho de 2020, o volume de serviços avançou 17,8%, no quinto mês seguido de alta nessa base de comparação. No acumulado do ano, o setor cresceu 10,7% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, o avanço é de 2,9%.

O resultado do setor em julho foi puxado por apenas duas das cinco atividades, em especial, pelos serviços prestados às famílias (3,8%), que acumulam ganho de 38,4% entre abril e julho. A atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares avançaram 0,6%, com crescimento de 4,3% em três meses, e superaram, pela primeira vez, o patamar pré-pandemia, ficando 0,5% acima de fevereiro de 2020.

“Essas duas atividades são justamente aquelas que mais perderam nos meses mais agudos da pandemia. São as atividades com serviços de caráter presencial que vêm, paulatinamente, com a flexibilização e o avanço da vacinação, tentando recuperar a perda ocasionada entre março e maio do ano passado”, explica o analista da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Entre os serviços prestados às famílias, o destaque foi desempenho dos segmentos de hotéis, restaurantes, serviços de buffet e parques temáticos, que costumam crescer em julho devido às férias escolares. Mas, apesar do avanço, o segmento ainda seta 23,2% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 - essa é a única das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE que não superou o nível pré-covid.

“Isso é compreensível já que se trata da atividade em que há a maior concentração de serviços prestados de forma presencial. É uma atividade que lida com restrições de oferta. Alguns estabelecimentos fecharam e outros reabriram, mas ainda não operam com plena capacidade. No lado da demanda, há pressão por conta da falta de avanço da massa de rendimento das famílias e do nível de desemprego elevado, que impedem que esse serviço cresça na mesma forma que os demais apurados dentro do setor”, acrescenta Rodrigo Lobo.

A outras três atividades pesquisadas tiveram resultado negativo no mês: serviços de informação e comunicação (-0,4%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%) e outros serviços (-0,5%).

A pesquisa do IBGE mostrou que o índice de atividades turísticas avançou 0,5% em julho na comparação com junho, na terceira taxa positiva seguida, período em que acumulou crescimento de 42,2%. Mas o turismo ainda precisa avançar 32,7%% para retornar ao patamar pré-pandemia.

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