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Economia e Negócios

Preços de remédios devem subir a partir de abril no Brasil

O cálculo levou em conta a inflação e outros fatores. A alta deve acontecer já no primeiro dia do mês.

As instituições financeiras estão prevendo um reajuste de mais de 10% nos remédios a partir de 1º de abril. Mais de 10 mil medicamentos são regulamentados e reajustados uma vez ao ano nesse período. Quem define os valores é o Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que é o órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exerce o papel de secretária-executiva.

A CMED disponibiliza uma lista com o preço máximo de cada medicamento. Para consultá-la, clique aqui.

O cálculo para reajuste tem como base uma fórmula específica, que leva em consideração:

-a inflação medida pelo IPCA,

-a produtividade do setor (fator X),

-energia,

-câmbio,

-fator de ajuste de preços relativos entre setores (Y); e

-fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Z)

As previsões ainda podem ser ajustadas, já que o mercado financeiro espera a definição sobre os valores de preços relativos entre setores (Y). A produtividade do setor farmacêutico (X) e os preços intrassetor (Z) foram zeradas neste ano.

“Se o fator Y vier zerado, nossa projeção para um reajuste fica em 10,5% a partir de abril. Como os outros fatores vieram zerados, é a inflação que vai ter mais peso no reajuste dos medicamentos. E a inflação consolidada em fevereiro ficou em 10,54%”, explicou o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

Em janeiro, o Citi divulgou um relatório em que também previa uma alta de cerca de 10%. “Vemos as notícias de forma positiva para o setor (farmacêutico), pois devem permitir que as empresas compensem alguns dos recentes ventos contrários de custo decorrentes de oscilações cambiais e interrupções na cadeia de suprimentos", observaram os analistas Leandro Bastos e Renan Prata na ocasião.

No ano passado, o aumento foi de até 10,08%. Em 2020, devido à pandemia, o reajuste no preço dos medicamentos foi suspenso por dois meses, passando a valer em 31 de maio. Na época, o aumento máximo foi fixado em 5,21%.

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