Com os mercados globais em queda e o risco de recessão ganhando força, o Federal Reserve (Fed) realizou nesta segunda-feira (7) uma reunião extraordinária para discutir os impactos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A movimentação ocorre após os índices das bolsas da Ásia e Europa registrarem perdas expressivas, consequência direta da guerra comercial deflagrada pelo presidente Donald Trump.
A iniciativa do Fed foi interpretada como uma resposta ao agravamento das tensões econômicas internacionais. Na Ásia, o cenário foi particularmente alarmante: o índice Nikkei, do Japão, caiu quase 8%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, despencou 13,2% — a maior retração desde a crise de 2008. Na Europa, o clima também foi de forte instabilidade.

Trump voltou a defender suas medidas tarifárias, embora tenha sinalizado abertura para negociações. Ao mesmo tempo, o presidente norte-americano intensificou a pressão sobre o banco central, cobrando publicamente a redução da taxa de juros como forma de amortecer os efeitos negativos das sanções comerciais.
A reunião do conselho do Fed aconteceu de forma reservada, e um comunicado oficial deve ser publicado nas próximas horas, com os principais pontos debatidos. Analistas, no entanto, já apontam que a manutenção das tarifas pode provocar consequências severas para a economia global, caso não haja uma reversão de rumo.
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