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Hillary Clinton desafia Irã a cumprir proibição de armas de destruição em massa

Secretária de Estado americano quer que líder supremo siga máxima islâmica de impedir que esse tipo de armamento seja desenvolvido e utilizado no país.

A secretária de Estado americano, Hillary Clinton, desafiou o Irã a provar o cumprimento da máxima de seu líder supremo de ser proibido pelo Islã o desenvolvimento e o uso de armas de destruição em massa.

Em Istambul, Clinton preparava neste domingo com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o encontro internacional para a discussão do programa de enriquecimento de urânio do Irã, no próximo dia 13.

"Disseram que o supremo líder (iraniano, aiatolá Ali Khamenei) vê as armas de destruição em massa como proibidas pela religião e contrárias ao Islã", afirmou Clinton. "Estamos nos reunindo com os iranianos para discutir como traduzir essa crença declarada em um plano de ação. Essa crença não é abstrata, mas uma política de governo, que tem de ser demonstrada em várias formas", completou.

Hillary insistiu no desejo da comunidade internacional de ver "ações associadas à declaração de crença", feita por Khamanei em 2005. Basicamente, espera-se o consentimento de Teerã ao acesso dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) às plantas nucleares do país e o cumprimento de um acordo, ainda a ser negociado, para o embarque do urânio enriquecido iraniano em troca de combustível nuclear para suprir as instalações de Teerã. No último sábado, Hillary Clinton advertira o Irã que a porta para a negociação está se fechando e que, se trancar, não será reaberta.

Erdogan, entretanto, não alimenta o ceticismo americano sobre o objetivo do programa nuclear iraniano e mostra-se sensível argumentação dos líderes desse país sobre a motivação pacífica. O primeiro-ministro turco estivera na semana passada em Teerã, para tratar com as autoridades locais sobre a reunião do dia 13. Além de EUA e Turquia, essa reunião terá representantes da Grã Bretanha, da França, da Alemanha, da Rússia e da China, principal opositora de novas sancões ao Irã. Não há sinais, portanto, de conversas tranquilas e consensuais no dia 13.

"Depois desse depoimento dessa pessoa (Khamenei), eu não posso dizer que o Irã esteja construindo armas nucleares. Não tem esse país o direito de colocar em prática em programa pacífico (de energia nuclear)?, afirmou Erdogan.

Na semana passada, como meio de pressionar e de isolar ainda mais o Irã, o governo americano anunciou a adoção de uma política de penalização das instituições estrangeiras financiadoras de importacões de petróleo do Irã a partir de 28 de junho. Elas seriam proibidas de fazer negócios nos Estados Unidos. Em julho, o embargo europeu de compra de petróleio iraniano começa a vigorar. Somadas às sanções atualmente vigentes, as novas retaliações deverão representar a maior penalização econômica jamais aplicada contra um país.
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