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Ministro Ernesto Araújo diz que manifestantes são 'cidadãos de bem'

Ministro das Relações Exteriores levantou dúvidas sobre a participação de 'elementos infiltrados' no protesto.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, minimizou a invasão ao Congresso norte-americano em Washington por manifestantes favoráveis ao presidente Donald Trump, derrotado nas eleições do ano passado. Em uma série de posts publicados em sua conta no Twitter, o ministro em nenhum momento responsabilizou Trump.

Araújo defendeu os militantes, a quem chamou de "cidadãos de bem", que, na avaliação dele, têm direito de questionar o processo eleitoral, e levantou dúvidas sobre a participação de "elementos infiltrados" no protesto.

"Há que lamentar e condenar a invasão da sede do Congresso ocorrida nos EUA ontem. Há que investigar se houve participação de elementos infiltrados na invasão. Há que deplorar e investigar a morte de quatro pessoas incluindo uma manifestante atingida por um tiro dentro do Congresso", disse.

"Há que parar de chamar 'fascistas' a cidadãos de bem quando se manifestam contra elementos do sistema político ou integrantes das instituições. Deslegitimar o povo na rua e nas redes só serve para manter estruturas de poder não democráticas e seus circuitos de interesse."

Araújo deu respaldo às desconfianças dos manifestantes a respeito da segurança do processo eleitoral. "Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral. Há que distinguir 'processo eleitoral' e 'democracia'. Duvidar da idoneidade de um processo eleitoral NÃO significa rejeitar a democracia", disse.

"Nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem. Mas ao mesmo tempo nada justifica, numa democracia, o desrespeito ao povo por parte das instituições ou daqueles que as controlam", contou.

"O direito do povo de exigir o bom funcionamento de suas instituições é sagrado. Que os fatos de ontem em Washington não sirvam de pretexto, nos EUA ou em qualquer país, para colocar qualquer instituição acima do escrutínio popular", afirmou.

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