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Ottawa declara estado de emergência por protestos contra medidas anticovid

Há mais de uma semana manifestantes e caminhoneiros estão bloqueado a região central da capital.

As autoridades de Ottawa anunciaram neste domingo, 6, “estado de emergência”, depois que milhares de manifestantes, muitos em caminhões de grande porte, interromperam a capital pelo segundo fim de semana consecutivo de protestos contra as medidas sanitárias do governo contra a covid-19.

O significado da declaração não ficou imediatamente claro. “Declarar um estado de emergência reflete o sério perigo e ameaça à segurança dos moradores representados pelas manifestações e destaca a necessidade de apoio de outras jurisdições e níveis de governo”, disse ontem no fim da tarde o prefeito da cidade, Jim Watson. Horas antes, ele pediu ajuda e disse que a situação “está fora de controle”.

Os protestos, que começaram em Ottawa no dia 29, se estenderam no fim de semana a outras grandes cidades canadenses, enquanto dezenas de caminhões e manifestantes mantinham o centro da capital paralisado.

“A situação está atualmente fora de controle porque os manifestantes impõem sua lei, disse Watson a uma rádio local. “Os manifestantes são muito mais numerosos do que nossos policiais.” “Estamos perdendo a batalha. Devemos recuperar a cidade”, acrescentou.

O movimento, denominado “Comboio da Liberdade”, começou contra a decisão de obrigar os caminhoneiros a se vacinarem contra covid para cruzarem a fronteira com os EUA. Logo o protesto se transformou em uma mobilização contra todas as medidas sanitárias e contra o próprio governo do primeiro-ministro Justin Trudeau.

Os manifestantes dizem que pretendem permanecer nas ruas até que todas as restrições sanitárias sejam levantadas. Eles soltaram fogos de artifício, viraram automóveis e os caminhoneiros usaram suas potentes buzinas.

Protestos similares, mas de menor intensidade, também ocorreram em outras cidades canadenses, como Toronto, Quebec y Winnipeg.

O chefe de polícia de Ottawa lamentou não ter meios suficientes para acabar com o que qualificou de “estado de sítio” na cidade e pediu “recursos suplementares”. A polícia da capital espera receber 250 agentes da guarda real do Canadá, um corpo da polícia federal.

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