Um terremoto de magnitude 7,3 atingiu o norte da ilha de Luzon, a mais populosa das Filipinas e onde fica a capital, Manila. O tremor foi registrado nesta quarta-feira, 27 (hora local, noite de terça-feira no Brasil), de acordo com o Instituto de Vulcanologia das Filipinas. O forte tremor matou pelo menos quatro pessoas, feriu outras dezenas, destruiu prédios e causou o colapso de várias estruturas.
Um operário de construção de 25 anos em La Trinidad, capital da província de Benguet, foi morto quando o prédio de três andares em que ele trabalhava desabou, disse a polícia. Sete outros trabalhadores escaparam ilesos.
Em Bangued, localizada na província de Abra, uma mulher de 23 anos foi esmagada até a morte quando um muro desabou. Pelo menos 62 pessoas ficaram feridas nesta província.
Outra pessoa morreu depois de cair de um canteiro de obras na província de Kalinga, ferindo pelo menos oito pessoas, segundo a polícia.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que registra a atividade sísmica em todo o mundo, informou que a magnitude foi de 7,1 e que o epicentro do tremor estava localizado a 10 quilômetros de profundidade, o que é considerado raso.
Não há alertas de tsunami para o país, de acordo com o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico.
Os pacientes, alguns em cadeiras de rodas, e a equipe médica foram retirados de pelo menos dois hospitais em Manila, a cerca de 300 quilômetros ao sul de Lagangilang, mas depois retornaram aos centros quando os engenheiros encontraram apenas pequenas rachaduras nas paredes.
O USGS localizou o terremoto a cerca de 12 quilômetros a leste da cidade de Dolores, com cerca de 32,5 mil habitantes. Segundo o relato de um oficial da polícia dado à AFP, pessoas aterrorizadas saíram correndo de edifícios e as janelas de um supermercado se quebraram.
“Foi um terremoto muito forte”, comentou o oficial, acrescentando que a sede da polícia sofreu pequenas rachaduras.
Segundo as autoridades, o terremoto foi sentido com “intensidade relativamente moderada” a centenas de quilômetros de distância na capital.
Na cidade de Vigan, localizada a cerca de 400 quilômetros ao norte de Manila e a cerca de 45 quilômetros do epicentro do terremoto, a catedral, datada do século XVI, da época colonial espanhola, sofreu “danos importantes” em sua fachada, confirmou à EFE o serviço de emergência local.
Na mesma cidade, reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, a cidade colonial espanhola mais bem preservada das Filipinas, outros edifícios históricos e conjuntos arquitetônicos sofreram danos significativos após o forte tremor.
A Torre do Sino de Laoag, construída pelos agostinianos em 1612 na província de Ilocos Norte, foi destruída pelo terremoto, indicou a senadora Imee Marcos.
Um deputado local, Eric Singson, que representa o segundo distrito da Província de Ilocos Sur, pediu a seus constituintes que deixem suas casas por temor de que haja terremotos secundários, segundo a rádio DZMM.
Outras tragédias
As Filipinas são frequentemente atingidas por terremotos devido à sua localização no “Anel de Fogo” do Pacífico, um arco de intensa atividade sísmica que se estende do Japão ao Sudeste Asiático e à Orla do Pacífico.
O terremoto desta quarta-feira, 27, foi o mais forte no país em anos. Em outubro de 2013, um terremoto de magnitude 7,1 na ilha de Bohol, no centro do país, causou mais de 200 mortos e 400 mil desabrigados.
O terremoto provocou deslizamentos de terra catastróficos e dezenas de milhares de casas e igrejas históricas foram destruídas. O tremor também mudou a paisagem da ilha.
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