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Juiz ordena divulgação de mandado de operação na casa de Donald Trump

Documentos devem apresentar mais detalhes do que levou à busca e apreensão contra o ex-presidente.

O juiz Bruce Reinhart determinou ao Departamento de Justiça dos EUA nesta quarta-feira, 25, a divulgação do documento que embasaram a operação do FBI em uma das residências do ex-presidente americano Donald Trump no dia 8 deste mês. A decisão foi emitida horas depois que as autoridades federais apresentaram sob sigilo partes da argumentação, que eles querem manter em segredo à medida que a investigação avança.

O prazo estabelecido para a divulgação do mandado se encerra na tarde desta sexta-feira, 26. Uma vez que forem publicados, o público poderá ter conhecimento de alguns detalhes adicionais sobre o que levou os agentes federais a revistarem Mar-a-Lago, a residência em questão. Documentos já públicos mostram que o FBI recuperou 11 caixas de documentos confidenciais, incluindo informações consideradas ultrassecretas.

Descrições de mandados de busca normalmente contêm informações vitais sobre uma investigação. São nestes documentos que agentes federais argumentam a um juiz o porquê eles querem revistar uma propriedade particular e o porquê acreditam que haja evidências de um possível crime no local. Entretanto, eles costumam permanecer sigilosos durante as investigações para não haver interferências – o que torna a decisão desta quinta-feira ainda mais inesperada.

Os documentos que o Departamento de Justiça deve apresentar provavelmente serão extensos dado a sensibilidade da investigação, o que diminui a probabilidade de que o documento ofereça um olhar abrangente sobre o que baseiam de fato um mandado de busca e apreensão contra um ex-presidente. No entanto, eles devem revelar mais detalhes sobre a investigação.

Os agentes do FBI investigam possíveis violações de três diferentes leis federais, incluindo uma que rege a coleta, transmissão ou perda de informações de defesa sob a Lei de Espionagem, de acordo com documentos já tornados públicos. Os demais estatutos tratam da ocultação, mutilação ou remoção de registros e destruição, alteração ou falsificação de registros em investigações federais.

O Departamento de Justiça havia contestado anteriormente os pedidos da imprensa americana para tornar os documentos públicos, afirmando que isso poderia comprometer a investigação por conter informações privadas sobre testemunhas e táticas investigativas. A decisão desta quinta-feira também ressaltou que os agentes federais fizeram argumentos neste sentido e destaca que os documentos que irão à público serão adaptados “para servir ao interesse legítimo do Governo na integridade da investigação em curso”.

Donald Trump, que cogita voltar a se candidatar nas eleições presidenciais, em 2024, classifica a ação policial contra ele como uma “caça às bruxas”. A operação agitou as bases do seu eleitorado, que voltaram a se manifestar a seu favor com mais intensidade. Nesta quinta-feira, o magnata usou a rede social própria para acusar “os fiscais democratas da esquerda radical” de “fazer uma busca ilegal” em sua residência.

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