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Rússia tentou matar ex-espião nos EUA, diz jornal

Atentado provocou sanções e expulsões de altos funcionários de inteligência em Moscou e Washington.

Agentes de inteligência ligados ao presidente russo, Vladimir Putin, estão envolvidos em uma tentativa de assassinar Aleksandr Poteiev, ex-agente de inteligência russo responsável por revelar informações cruciais que levaram a uma investigação conduzida pelo FBI, de acordo com uma recente reportagem do jornal The New York Times, publicada em 19 de junho.

Poteiev é um valioso informante dos Estados Unidos e serviu como oficial de inteligência russo de alto escalão por mais de uma década. A ação para eliminá-lo resultou em uma deterioração significativa das relações entre os dois países.

Três agentes norte-americanos, que preferem manter o anonimato, revelaram que o atentado ocorrido em Miami, na Flórida, não teve sucesso, mas desencadeou uma série de retaliações bilaterais entre os EUA e a Rússia.

Sanções e expulsões ocorreram, incluindo a expulsão de altos funcionários de inteligência tanto em Moscou quanto em Washington. Como resultado das investigações, o FBI conseguiu capturar 11 espiões que viviam clandestinamente em cidades da costa leste dos EUA em 2010.

Esses espiões operavam sob nomes falsos e trabalhavam em empregos comuns, como parte de um ambicioso esforço da SVR, a agência russa de espionagem no exterior, para coletar informações e recrutar mais agentes.

"Para Vladimir Putin, as linhas vermelhas desapareceram há muito tempo", afirmou Marc Polymeropoulos, ex-agente da CIA que chefiou operações na Europa e Rússia. "Ele quer ver todos esses indivíduos mortos."

A tentativa de assassinar Poteiev é revelada no livro "Spies: The Epic Intelligence War Between East and West" (Espiões: a épica guerra de inteligência entre Oriente e Ocidente, em tradução livre), cuja edição britânica será lançada em 29 de junho.

Alerta do presidente russo

Durante um fórum econômico em São Petersburgo, realizado em 16 de junho, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o posicionamento de armas nucleares táticas em Belarus é um lembrete de que o Ocidente não conseguirá impor uma derrota estratégica à Rússia. Suas declarações ressaltaram a tensão existente entre a Rússia e o Ocidente.

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