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Lula sobre morte de Navalny: "para que essa pressa de acusar alguém?"

Alexei Navalny morreu nessa sexta-feira (16), após caminhada na colônia penal siberiana "Polar Wolf".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou pela primeira vez acerca da morte do maior opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, morto em uma prisão na Sibéria. Em viagem à Etiópia, Lula afirmou, neste domingo (18), que não pretende acusar ninguém pela morte de Navalny.

Nesse contexto, o presidente afirmou que o caso deve ser investigado, e só assim, será apontado um suspeito que tenha possível envolvimento na morte de Alexei Navalny. “Se a morte está sob suspeito, temos que primeiro fazer uma investigação para saber do que o cidadão morreu”, afirmou Lula.

Dito isso, o chefe do Executivo brasileiro destacou que irá aguardar um parecer dos médicos legistas russos antes de se manifestar oficialmente sobre o ocorrido, o que para ele é uma questão de “bom senso”.

“Senão você julga agora que foi não sei quem que mandou matar e não foi. Depois você vai pedir desculpas? Para que essa pressa de acusar alguém?”, questionou o presidente.

Durante coletiva de imprensa, o presidente brasileiro também apontou a semelhança entre a investigação sobre a morte de Marielle Franco e o opositor de Putin. “E não estou com pressa de dizer quem foi que matou [Marielle]. Eu quero achar. Não quero especulação. Então, o cidadão [Navany] morreu na prisão. Eu não sei se ele estava doente, não sei se ele tem algum problema”, reiterou Lula.

Morte de Navalny

Navalny morreu nessa sexta-feira (16), após uma caminhada na colônia penal siberiana “Polar Wolf”. Até o momento, as causas de morte ainda não foram divulgadas.

Ele foi condenado a 30 anos de prisão por diversas acusações, em especial a oposição ao presidente russo Vladimir Putin. Preso desde 2021, quando retornou da Alemanha após tratar efeitos de um envenenamento, Navalny reforçou seu posicionamento anti-Putin, e diversas vezes deflagrou greves de fome, em protesto às condenações, que classificou como perseguição política.

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