Davi Fernandes
A Rússia entrou em estado de alerta após uma incursão ucraniana na cidade de Kursk, no sul do país, na quarta-feira (7). Cerca de 1.000 soldados ucranianos, apoiados por tanques, veículos blindados, drones e artilharia, atravessaram a fronteira russa, resultando em intensos combates. O presidente russo, Vladimir Putin, classificou o ataque como uma “grande provocação” e ajustou emergencialmente os planos de guerra.
Na quinta-feira (8), Moscou declarou estado de emergência em Kursk e convocou mais reservistas para a região fronteiriça com a Ucrânia. O governo local também impôs restrições no espaço aéreo. O Ministério da Defesa russo afirmou que o Exército e o Serviço Federal de Segurança (FSB) conseguiram barrar o avanço ucraniano e estavam combatendo unidades inimigas nos distritos de Sudzhensky e Korenevsky.
Durante o ataque, as forças ucranianas ocuparam temporariamente uma cidade na região de Kursk, mas o Ministério da Defesa da Rússia declarou ter recuperado o território. Segundo a pasta, a Ucrânia perdeu 82 veículos blindados, incluindo oito tanques. O Exército ucraniano não se manifestou sobre a ofensiva, mantendo a postura habitual de não comentar ataques atribuídos a Kiev.
A incursão ucraniana gerou críticas de blogueiros pró-Putin sobre o estado das defesas de fronteira em Kursk. Yuri Podolyaka, um popular blogueiro militar, afirmou que as forças ucranianas atravessaram a linha de defesa com facilidade, destacando a falta de preparação defensiva na região, apesar do conflito em andamento.
As batalhas em Sudzha ocorrem em um momento crucial do conflito, a maior guerra terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Kiev teme que o apoio dos EUA possa diminuir se Donald Trump vencer a eleição presidencial de novembro.
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