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Política

Deputado Evaldo Gomes defende criação Plano Estadual de Qualificação de Mão de Obra

O parlamentar manifestou a preocupação com o índice de desemprego e com a necessidade um maior investimento do governo na preparação do trabalhador.

A qualificação profissional de jovens e adultos foi tema discurso do deputado Evaldo Gomes, PTC, nesta quinta-feira, dia 26, na tribuna da Assembleia Legislativa do Piauí. O parlamentar manifestou a preocupação com o índice de desemprego e com a necessidade um maior investimento do governo na preparação do trabalhador.
Imagem: Caio BrunoDeputado Evaldo Gomes(Imagem:Caio Bruno)Deputado Evaldo Gomes
“O Ministério do Trabalho anunciou no último sábado, 21, que irá – ainda este ano – criar a taxa de emprego real. Como nós sabemos existem hoje inúmeros indicadores, mas que não refletem a realidade do desemprego no país em sua totalidade”, delcarou.

O deputado citou também o Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mas a pesquisa só considera emprego registrado. Não aponta o emprego informal.

“Os dados do IBGE, também, são parciais, pois só cuidam de algumas regiões metropolitanas (cidades importantes como Manaus não são consultadas, da mesma forma nenhum Estado do Centro-Oeste é pesquisado, o que revela a fragilidade dos números). O mais totalizante é o Pnad – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio, mas é anual. É preciso esperar o final de cada ano para conhecer a realidade do desemprego no Brasil”, asseverou Gomes.

O novo indicador do governo federal será mensal e mais abrangente. Fará mês a mês uma fotografia verdadeira da realidade do emprego no país. Através destes números que vai ser possível, com segurança, orientar as políticas públicas na área.

“No Piauí precisamos saber com clareza e maior precisão quem está procurando emprego, que tipo de emprego está faltando, qual emprego está surgindo, quem tem qualificação, onde está faltando qualificação”, enfatizou.

Um dos grandes problemas de Estados pobres como o Piauí e que se encontra em crescimento, é justamente a qualificação de sua mão de obra. A oferta ainda não é suficiente, mas justamente por falta de qualificação é que um número expressivo de vagas existentes ainda não são preenchidas.

“Mais um desafio para os governos Dilma e Wilson Martins: qualificar nossos trabalhadores para a economia em crescimento e as exigências do mercado”, disse.

Evaldo Gomes lembrou que, para cada R$ 100 gastos com o seguro-desemprego, o governo federal usa apenas R$ 1 em programas de qualificação de mão de obra. Nos Estados Unidos, para cada US$ 100 gastos com os benefícios aos desempregados, o governo de Barack Obama investiu US$ 11,25 em qualificação no ano passado. O descompasso entre as duas despesas no Brasil preocupa desde técnicos do governo até empresários, que já apontam a falta de qualificação dos trabalhadores como um dos principais entraves para o crescimento econômico. Sete em cada dez empresários sofrem com a falta de qualificação profissional, de acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1,6 mil empresas.

O parlamentar lamentou que, a previsão inicial do Conselho de Administração do Fundo de Amparo do Trabalhador (Codefat), o órgão que nutre o governo de recursos para os programas de qualificação, era repassar R$ 1,2 bilhão para o Ministério do Trabalho gastar em qualificação no ano passado, mas houve retenção de quase R$ 1 bilhão para formação do superávit primário. Além disso, o Codefat ainda teve 20% dos recursos retidos pela Desvinculação das Receitas da União (DRU).

”Imaginem se de fato o país crescesse cerca de 4% ao ano, acabaríamos patinando sem avançar, justamente pela falta dessa capacitação”, salientou.

O parlamentar disse ainda que, este é o dilema enfrentado atualmente pelo setor da construção civil, que registrou em 2010 um crescimento notável, que deve ficar em torno dos 11%, maior patamar em 24 anos. O segmento planeja manter-se aquecido agora em 2011, mas enfrenta dificuldades para contratar profissionais qualificados e completar seus quadros funcionais em velocidade equivalente e alinhada ao avanço das obras assumidas.

“Precisamos de um Plano Estadual de Qualificação de Mão de Obra. Conclamos aqui o Secretário de Governo, Deputado Wilson Brandão, a Secretária do Trabalho e Empreendedorismo, Dra. Larissa Maia, o Secretário do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Dr. Warton Santos, Secretário Atilar Lira da Educação e demais colegas do Governo Wilson Martins, para juntos formatarmos um programa unificado de políticas públicas de qualificação de trabalhadores piauienses”, sugeriu.

Na opinião de Evaldo Gomes, cada Secretário neste momento desenvolver um programa próprio da sua secretaria ou do governo federal. A exemplo do PRONATEC Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico; o programa de Educação de Jovens e Adultos– EJA; o PROEJA – Programa de educação profissional de jovens, dentre outros. O SINE, ligado ao governo estadual, iniciou em fevereiro um projeto de qualificação profissional enquanto o trabalhador não consegue um novo emprego.

“Precisamos integrar estas políticas públicas, buscar cooperação entre as diversas pastas do governo. Trocar experiências. Empreender formas e meios de otimizar recursos; criar metas e objetivos a serem alcançados a curto, médio e longo prazo. Intensificar as parcerias com a iniciativa privada e entidades internacionais”, finalizou.

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