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Teresina - Piauí

Empresário está entre os alvos da 2ª fase da Operação Águas de Março

De acordo com o Gaeco, dois alvos são operadores de empresas que emitiam notas fiscais frias e participaram de licitações fraudulentas nos municípios.

O GP1 teve acesso aos nomes dos alvos da segunda fase da Operação “Águas de Março”, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (29) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). São eles, o empresário João da Cruz Costa e Silva e Irisneide Lopes de Santana Silva, que foram alvos de mandados de busca e apreensão em um endereço localizado no conjunto bela Vista, zona sul de Teresina, e também em Monsenhor Gil.

Em entrevista ao GP1, a coordenadora do Gaeco, promotora Débora Aguiar, afirmou que a nova fase da operação se deu em razão da necessidade de se apurar fatos novos que surgiram após a deflagração da primeira etapa da Operação Águas de Março, que na época teve como alvos o prefeito de São Miguel da Baixa Grande, Josemar Teixeira, o prefeito de Manoel Emídio, Antônio Sobrinho, além de engenheiros e empresários com atuação na área da construção civil.

De acordo com a promotora, tanto João da Cruz como Irisneide Lopes são operadores de empresas de construção civil relacionadas no bojo da investigação, que identificou fraudes em licitações com os municípios de São Miguel da Baixa Grande e Manoel Emídio.

“Em março de 2019 houve a primeira fase da operação e durante a execução desses mandados e dos materiais apreendidos surgiram novos fatos, novos investigados. Essa operação realizada hoje é para investigar esses novos fatos. Eles são pessoas operadoras das empresas que dão notas fiscais frias, que participaram de licitações fraudulentas, então fazem parte do núcleo empresarial do esquema criminoso”, pontuou.

  • Foto: Brunno Suênio/GP1Promotora Débora AguiarPromotora Débora Aguiar

Os policiais foram a dois endereços distintos em Teresina e Monsenhor Gil que estão em nome do empresário João da Cruz Costa e Silva, onde foram apreendidos celulares, computadores além de documentos diversos.

A promotora Débora Aguiar ressaltou que mesmo com a deflagração da operação em março do ano passado, de lá para cá, os crimes continuaram sendo perpetrados, o que ela classificou como ‘descaso com a Justiça’.

“A prática não cessou com a operação, mesmo sabendo que existe uma investigação, que o Ministério Público está apurando, mesmo assim não foi motivo suficiente para encerrar esse tipo de atividade ilícita. Na verdade, o Ministério Público tem cada vez mais tido uma atitude mais forte para coibir esse tipo de crime e, inclusive, pedindo o afastamento do gestor. Foi pedida a prisão do prefeito de Baixa Grande, mas não foi deferido pelo desembargador e o Ministério Público tem sido incansável. Esse caso espelha realmente um descaso com a Justiça, com os órgãos de investigação e de controle”, frisou.

  • Foto: Divulgação/Ascom MP-PISegunda fase da operação Águas de Março deflagrada nessa quarta-feira (29)Segunda fase da operação Águas de Março deflagrada nessa quarta-feira (29)

Com o término da segunda fase, o próximo passo será o oferecimento da denúncia à Justiça contra os investigados. “Estamos no caminho bem próximo [para oferecer a denúncia], mas não tem como dar um prazo, sei que no prazo mais curto possível será oferecida a denúncia”, finalizou.

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