Estudantes e trabalhadores de várias categorias estiveram em mobilização na manhã desta sexta-feira (11), desde as 8h na Praça Rio Branco, centro de Teresina, para protestar contra a PEC 241, aprovada na Câmara dos Deputados, e que segue no Senado como PEC 55, que visa estipular um teto para os gastos públicos, além da reforma do ensino médio e outras medidas apresentadas pelo Governo Federal.
O ato faz parte da Greve Geral Nacional, que abrange várias centrais sindicais de todo o país. Entre os que aderiram à paralisação no Piauí, estão a Associação dos Docentes da Universidade Federal (Adufpi), Sindicato dos Trabalhadores da UFPI (Sintufpi), Associação dos Docentes da Universidade Estadual (Adcespi), Sindicato dos Urbanitários (Sintepi), Central Única de Trabalhadores (CUT), e outros.
De acordo com a diretora do Diretório Central dos Estudantes da Uespi (DCE Livre Uespi), Olga Victória, outra manifestação está marcada para o dia 25. “Estamos aqui fazendo parte de uma mobilização nacional, rumo a greve geral, contra os ataques da PEC 55, contra o governo ilegítimo do Temer, e contra os ataques a educação no Piauí”, declarou.
Para a vice-presidente regional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN), a manifestação foi positiva, pois conseguiu reunir uma grande quantidade de pessoas em torno de uma única pauta. “Fazia muito tempo que não se via tanta gente na rua reunido para discutir um problema político no Brasil, sobretudo a PEC, que é uma ação de desmonte do estado brasileiro e a nós estamos construindo essa resistência, esses atos, essas manifestações, rumo a greve geral”, afirmou ao GP1.
- Foto: Lucas Dias/ GP1Paralisação em Teresina
Além de protestarem contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio, os manifestantes também reivindicaram contra à flexibilização do contrato de trabalho, à terceirização, à Lei da Mordaça, à reforma da Previdência, o PL 257 – que trata do alongamento da dívida dos estados e Distrito Federal com a União, entre outras causas.
Durante o ato público, os manifestantes saíram em massa pelo centro da Capital, e pelas lojas onde passavam, pediam para serem abaixadas as portas, como forma de apoio à luta. O Sindicato dos Comerciários de Teresina (Sindcom) e o Sindicato dos Rodoviários (Sintetro) também participam do movimento. “Os ônibus estão parados somente na região do Centro, e durante a paralisação, no restante da cidade estão circulando normalmente, e vão voltar a transitar, quando acabar o ato, ainda nesta manhã”, afirmou o secretário de Comunicação da Sintetro, Francisco Araújo.
Ocupação
No Estado, estudantes ocuparam a reitoria da Universidade Federal, em Teresina, Picos e Bom Jesus, desde o dia 18 de outubro, aumentando o protesto nesta sexta. Professores de instituições de ensino federal, estadual e municipal, também aderiram ao movimento contra as medidas proposta pelo executivo federal.
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