Brunno Suênio
O delegado Juciê Alves, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, responsável pelo caso que investiga a morte do bebê Ian Calebe, de apenas cinco meses, afirmou que os trabalhos estão bem adiantados e que aguarda ainda o laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML).
Até o momento, a família da vítima teve acesso somente ao atestado de óbito, que indica morte por asfixia.
Segundo o delegado, há provas importantes já coletadas ainda pela equipe da Central de Flagrantes, que recebeu o caso inicialmente. “O trabalho está bem adiantado e já veio da Central de Flagrantes bem produzido, com as provas bem produzidas, e falta pouca coisa para a gente concluir o inquérito e indiciar ou não os dois [Alice e Vanilson, pais da criança]”, comentou.
Com a morte do bebê, que ocorreu na última terça-feira (17), os pais foram presos por abandono de incapaz, no entanto, o juiz de direito Jorge Cley Martins Vieira, da Central de Inquéritos de Teresina, concedeu liberdade provisória nessa quinta-feira (19), sem fiança, ao casal Alice Jovem de Sousa e Vanilson Oliveira Diniz.
Três filhos estão em abrigo
Um dia após a prisão dos pais, os outros três irmãos de Calebe de 2, 7 e 10 anos tiveram que ser acolhidos no Abrigo Reencontro na zona leste de Teresina na quarta-feira (18), depois da decisão da juíza Maria Luiza de Moura Mello Freitas.
Segundo a conselheira tutelar Maria do Carmo, o caso está sendo acompanhado desde o início pelo 3º Conselho Tutelar da zona sul. Ela afirmou que Alice Jovem já havia deixado a casa, na quinta-feira (12), e passou o final de semana no Promorar com a avó das crianças. E mesmo assinando um termo de responsabilidade na segunda-feira (16), indicando que ela não retornasse para o Torquato Neto, Alice decidiu voltar para casa na terça-feira (17), quando ocorreu a morte do bebê.
Vizinhos temem retorno do casal
Ao GP1, após saber da liberdade dos pais, os moradores vizinhos à residência do casal afirmaram que não vão permitir o retorno deles para a residência. Sem querer se identificar, uma das moradoras relatou que, caso Alice e Vanilson voltem para a residência, o imóvel será destruído para que eles sejam obrigados a se retirarem do local.
“Ele são usuários de drogas e todo mundo sabe disso, tem confusão direto entre eles aqui. Isso não é bom para os filhos da gente, que estão sujeito a ficar vendo essa situação”, disse a moradora.
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