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Política

'Não há lugar para juízes terem paixões ou vontades', diz Toffoli

Em evento na Fiesp, em São Paulo, ele reforçou que os juízes têm papel moderador e o objetivo único de obedecer à lei e à Constituição.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse hoje que não há espaço para ideologias e paixões no Judiciário. Em evento na Fiesp, em São Paulo, ele reforçou que os juízes têm papel moderador e o objetivo único de obedecer à lei e à Constituição. Toffoli marca posição após o presidente Jair Bolsonaro ter criticado a atuação da Corte no julgamento sobre criminalização da homofobia, que já tem maioria formada, favorável.

“Por isso não há lugar para paixões, ideologias e vontades. Juiz não pode ter vontade. Se tiver vontades, sai da magistratura, vai para política, para movimentos associativos, vai para o Executivo, vai ser candidato”, afirmou.

  • Foto: Renato Costa/FramePhoto/Estadão ConteúdoMinistro Dias ToffoliMinistro Dias Toffoli

Mais cedo, em evento religioso em Goiânia, o presidente Bolsonaro disse que o STF estaria legislando sobre o assunto, apontando que essa seria uma função do Congresso. Disse ainda que talvez seja o momento de ter um ministro evangélico.

Toffoli destacou ainda que já há maioria formada (seis votos a zero) em relação à criminalização da homofobia, ainda que o julgamento não tenha acabado. “Já está sinalizada a discussão”, afirmou.

O ministro do STF Alexandre de Moraes já havia rebatido as críticas no início da tarde de hoje, também sob o discurso de que o Judiciário tem papel de moderador. Ele ressaltou que a Constituição é clara em relação à discriminação. E minimizou a declaração sobre um possível ministro evangélico. Para Moraes, a indicação de ministros é feita pelo presidente e é natural ter um nome alinhado ideologicamente com o governo.

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