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Economia e Negócios

Senado articula elevar auxílio mensal para informais de R$ 200 para R$ 350

Valor corresponde a cerca de um terço do salário mínimo (R$ 1.045) e seria pago por três meses.

O Senado Federal se mobiliza para elevar de R$ 200 para R$ 350 o auxílio que será concedido pelo governo para os trabalhadores informais enfrentarem a crise econômica provocada pela pandemia da covid-19. O valor corresponde a cerca de um terço do salário mínimo (R$ 1.045) e seria pago por três meses.

Em entrevista ao Estado, o líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM), adverte que é preciso rapidez. Ele contou que agências da Caixa ficaram lotadas de pessoas à procura da renda de R$ 200 oferecida pelo governo mesmo antes de o benefício sair do papel. As lideranças do Senado estão conversando com o governo para subir o valor.

De acordo com o senador, para garantir essa renda mínima, o governo deve usar os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), responsável pelo pagamento do abono salarial e do seguro-desemprego.

Braga informou que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, previu o risco de 20 milhões a 30 milhões de pessoas desempregadas pela crise, que somariam aos 40 milhões de informais. O senador citou também previsão da XP de 40 milhões de desempregados.

“Já sabemos que tem na informalidade algo como 40 milhões de brasileiros. Imagina se o número seja R$ 40 milhões de desempregados de carteira assinada e, se tivermos 40 milhões de autônomos buscando recursos, estamos falando de garantir renda mínima para 80 milhões de brasileiros”, disse.

Ele informou que a Samsung, segunda maior empresa do polo industrial da Zona Franca de Manaus, anunciou ontem férias coletivas.

“É preciso socorrer as empresas, principalmente, as micro e pequenas. Elas não suportarão nem 15 dias eu creio”, disse. Ele defendeu que bancos públicos e privados criem uma plataforma desburocratizada para resolver o problema de capital de giro de curto prazo.

Diabético, Braga está em Manaus e já fez dois testes para verificar se estava com coronavírus devido a contatos anteriores com senadores contaminados. Os testes deram negativo.

Para o senador, que teve reuniões por videoconferências com lideranças do Congresso, um dos grandes problemas na crise é a velocidade das respostas.

Segundo ele, os prefeitos dos municípios do interior estão perdidos porque a articulação para eles não está funcionando ainda. O senador disse que o governo vai estender a todo o Brasil, nas próximas horas, a garantia dada pelo Tesouro Nacional aos Estados do Norte e Nordeste de manter a arrecadação dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

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