Completando dois anos da morte do prefeito de Madeiro, José Ribamar de Araújo Filho, mais conhecido como Zé Filho (Progressistas), o assassino confesso, Felipe Anderson Seixas de Araújo, ainda não foi julgado.

Felipe Anderson foi pronunciado para ir a julgamento pelo Júri Popular, no dia 01 de agosto de 2022. Contudo, o juízo competente aguarda julgamento de recurso ajuizado pela defesa para marcar a data da sessão do Tribunal Popular do Júri.

Foto: Reprodução/WhatsApp
Felipe Seixas e prefeito Zé Filho, de Madeiro

Após ser pronunciado, Felipe Anderson ajuizou recurso em sentido estrito junto ao Tribunal de Justiça contra a sentença de pronúncia, que foi negado pela 1ª Câmara Especializada Criminal.

Inconformada, a defesa do réu recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), contudo a admissibilidade do Recurso Especial ainda será julgada pela vice-presidência do Tribunal de Justiça do Piauí. Caso não seja admitido, ainda tem a possibilidade de Agravo em Recurso Especial.

Ele será julgado pelo crime de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da ofendida).

Relembre o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 28 de novembro de 2021, nas proximidades do Campo de Futebol do Conjunto Queiroz, na cidade de Madeiro/PI, o denunciado Felipe Seixas matou o ex-prefeito de Madeiro/PI, José Ribamar de Araújo Filho, mais conhecido como “Zé Filho”.

Segundo elementos de informação colhidos no Inquérito Policial, a vítima estava assistindo uma partida de futebol, momento em que decidiu ir embora. Em seguida, se dirigiu até o seu carro, uma Nissan Frontier que estava estacionada próximo ao campo, momento em que, antes deste entrar no veículo, Felipe Seixas chamou pela vítima, e disse: “Prefeito!”, momento em que efetuou pelo menos três disparos de arma de fogo.

Foto: Alef Leão/GP1
Felipe Anderson Seixas de Araújo

Em seguida, o denunciado se aproximou da vítima e falou: “aqui é pra tu aprender a respeitar homem”, depois, subiu em sua moto Bros, de cor preta, e se evadiu do local do crime.

O prefeito foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no trajeto para o hospital de Luzilândia.

Felipe Seixas foi preso temporariamente no dia 03 de dezembro de 2021, cinco dias após o crime. No dia 26 de janeiro deste ano, a Justiça converteu sua prisão em preventiva, a pedido do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o caso.

Motivação do crime

Durante o interrogatório, Felipe Seixas disse à Polícia Civil que a motivação do crime seria uma perseguição que estaria sofrendo por parte do prefeito. “Ele relatou que a motivação teria sido perseguição que ele sofria, que desde que o pai dele tinha sido afastado pelo prefeito que ele matou, ele já vinha sentindo esse sentimento de raiva e que posteriormente a isso o prefeito teria inventado a história de que ele teria uma relação extraconjungal com a madrasta e que isso daí alimentou mais ainda o ódio. E que no dia do crime ele se encontrava ao lado do campo de futebol e quando viu o prefeito estava armado e não se conteve”, relatou o delegado Bruno Ursulino, responsável pelo inquérito policial.