A Polícia Civil do Piauí indiciou um estudante de 19 anos acusado de perseguir mulheres, incluindo jornalistas, nas redes sociais. Erisvaldo Kaíque Rodrigues da Silva foi indiciado pelos crimes de falsa identidade, injúria cometida ou divulgada em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, ameaça, perseguição (stalking) e importunação sexual.

Segundo o relatório do inquérito policial concluído pelo delegado Alisson Landin Macedo, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, quatro vítimas denunciaram Erisvaldo Kaíque, relatando que ele utilizava perfis falsos na rede social Instagram, nos quais publicava fotos das vítimas acompanhadas de mensagens de teor agressivo e pornográfico, ameaçando-as com a prática de estupro. Além disso, segundo elas, o indiciado, enviava mensagens privadas com o mesmo teor ofensivo.

Foto: Reprodução/Facebook
Erisvaldo Kaíque Rodrigues da Silva

Após o caso ser denunciado, a Polícia Civil instaurou o inquérito e representou pela prisão preventiva do acusado, bem como busca e apreensão em seu endereço. Ele foi preso no último dia 25 de março.

O indiciado já havia sido preso em maio de 2023, acusado de praticar os mesmos crimes contra outras mulheres, incluindo jornalistas e influenciadoras digitais.

Relatos das vítimas

Uma das vítimas, dona de uma loja de roupas, informou que o acusado entrou em contato com ela em dezembro de 2023, a princípio, pedindo informações sobre alguns produtos, entretanto, a conversa foi escalando e Erisvaldo, segundo ela, passou a lhe pedir fotos vestindo lingerie. Posteriormente, a empresária relata que o indiciado criou um perfil falso usando seu nome, postando mensagens de teor ofensivo

Outra vítima, uma dentista, disse à polícia que Erisvaldo a procurou, pelo Instagram, pedindo informações sobre um procedimento dentário, ocasião em que perguntou se ela atendia sozinha no consultório. Depois, ela conta que um perfil fake fez uma postagem com várias ofensas citando seu nome.

O que diz o acusado

Ainda conforme o relatório do inquérito, durante interrogatório, Erisvaldo Kaíque admitiu ser o administrador dos perfis fakes e disse que procurava vítimas que postavam fotos de biquínis nas redes sociais. Questionado sobre a razão pela qual praticaria os atos, ele respondeu que “falava por falar” e fazia para sua diversão.

Diante das informações levantadas na investigação, o delegado Alisson Landin Macedo decidiu pelo indiciamento de Erisvaldo Kaíque Rodrigues da Silva, por concurso material dos crimes de falsa identidade, injúria cometida ou divulgada em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, ameaça, perseguição (stalking) e importunação sexual.