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Teresina - Piauí

Motolâncias do Samu ficam sem rodar em Teresina por falta de enfermeiros

Mesmo a Justiça tendo declarado a ilegalidade da paralisação, os profissionais não são obrigados a trabalhar em escalas extras, segundo o Senatepi.

Os profissionais de enfermagem da rede de saúde de Teresina saíram voluntariamente das escalas não obrigatórias deste fim de semana, devido ao impasse com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), por reduções nos contracheques. Por conta disso, as motolâncias do Samu não estão funcionando neste domingo (07), de acordo com o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi).

O presidente do Senatepi, Erick Riccely, se pronunciou em um vídeo enviado à imprensa. Ele explicou que, mesmo a Justiça do Piauí tendo declarado a ilegalidade da paralisação deflagrada pela categoria, os profissionais não são obrigados a trabalhar nessas escalas extras.

Foto: Alef Leão/GP1Erick Riccely, presidente do Senatepi
Erick Riccely, presidente do Senatepi

“Desde o dia 27 de abril, quando os profissionais tiveram acesso aos seus contracheques, muitos deles entregaram suas escalas, isso ficou mais intensificado a partir do dia 02 de março. Hoje por exemplo, dia 07, em pleno domingo, as motolâncias do Samu não estão funcionando, porque não tem profissionais para cobrir essas escalas, haja vista que eram escalas extras, e esses profissionais se recusam a receber o valor do plantão, já que as escalas extras não são obrigatórias”, explicou o sindicalista.

Ainda de acordo com o presidente do Senatepi, outras categorias da área da saúde também estão entregando as escalas. “Outras categorias profissionais também entregaram as escalas em determinados setores covid-19 por esse corte que aconteceu em mais de 50% nos seus contracheques. As ambulâncias do SAMU avançado tiveram que remanejar seus técnicos de enfermagem para as ambulâncias básicas, também porque todo mundo entregou as escalas”, relatou.

Por fim, Erick Riccely afirmou que o sindicato vai recorrer à Justiça para tentar solucionar o impasse. “Só declarar a ilegalidade de uma paralisação, não era uma greve, não resolve o problema. Amanhã [segunda-feira] vamos protocolar um agravo e uma petição tentando uma mediação do Tribunal de Justiça por meio de um dissídio e chegar em alguma solução. Enquanto não acontecer isso, a saúde continuará um caos”, concluiu o presidente do sindicato.

O que diz a FMS

Procurada pelo GP1 na manhã deste domingo (07), a assessoria da FMS informou apenas que o Tribunal de Justiça havia declarado a ilegalidade da paralisação, mas não respondeu quanto às escalas não obrigatórias.

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