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Teresina - Piauí

Saiba como atuava a quadrilha que planejou o latrocínio de Rafael Soares

Ao todo, sete pessoas integram o grupo criminoso e somente dois indivíduos estão presos.

O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Barêtta, revelou em entrevista à imprensa na manhã desta sexta-feira (07), que sete pessoas integram a quadrilha responsável pelo assassinato do empresário Rafael Soares, de 24 anos, morto a tiros durante um assalto no dia 26 de setembro deste ano.

Dos sete membros do grupo criminoso, dois já estão presos. São eles: Maycon Araújo de Moura, vulgo “Sapão”, líder da quadrilha, responsável por planejar e monitorar a rotina da vítima até o dia do assassinato; e Geovane, vulgo “Cigano”, responsável por efetuar o disparo que matou Rafael Soares.

Foto: Divulgação/Polícia Civil do PiauíSaiba como atuava a quadrilha que planejou o latrocínio de Rafael Soares
Saiba como atuava a quadrilha que planejou o latrocínio de Rafael Soares

Outros quatro envolvidos no latrocínio ainda não foram presos, mas já existem mandados de prisão expedidos. São eles: Leonardo, vulgo “Nanô”, que abordou Rafael Soares junto com Geovane no dia do crime; Iasmim, responsável por realizar a filmagem do empresário e mandar para os demais membros da quadrilha; Vinícius, vulgo “Queijeiro”, responsável por fornecer o carro utilizado no latrocínio do empresário; e Edmundo, tentou vender o Ipad roubado de Rafael Soares.

Há ainda um quinto membro da quadrilha, conhecido apenas como "Tropical". Ele ainda não foi identificado pelo DHPP, mas está na lista de investigados.

Prisão de Geovane

O delegado Barêtta explicou que Geovane, vulgo “Cigano”, foi preso com um carro roubado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e após ele chegar na delegacia, foi constatado que se tratava do executor do latrocínio contra Rafael Soares.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Barêtta
Delegado Barêtta

“A PRF abordou um indivíduo que estava com um carro que foi tomado de assalto em Timon e esse indivíduo é justamente o que efetuou o disparo que causou a morte do Rafael. O indivíduo foi autuado, verificou-se que ele tem dois processos, um como adolescente e outro como maior. Ele apresentou apenas uma certidão de batismo e foram encontrados dois processos contra ele um como maior e outro como menor. A data de nascimento dele é divergente, um de 2022 e outro de 2005. O delegado está fazendo diligências no sentido de oitivar a mãe dele para apresentar outros documentos, senão vamos requisitar um exame antropológico ao Instituto de Medicina Legal para definir a idade dele, se ele é adolescente ou maior”, informou o delegado Barêtta.

Barêtta ressaltou que Geovane estava dirigindo o carro no momento em que Rafael Soares foi abordado e que foi ele quem efetuou o disparo de arma de fogo que matou o empresário.

Foto: Lucas Dias/GP1Barêtta
Barêtta

“Havia duas pessoas, uma que abordou [Leonardo] e o motorista [Geovane]. Foi exatamente quando a vítima tenta se afastar, quando ele vê que ele está em fuga, que o motorista, que diz que é adolescente quem efetua o disparo de dentro do carro. Quem atira não é quem abordou, é quem estava dirigindo o carro”, revelou o diretor do DHPP.

Prisão de Maycon Araújo

Como o GP1 já havia antecipado, Maycon Araújo de Mora, vulgo “Sapão”, orquestrou todo o crime de dentro da Cadeia Pública de Altos, onde estava recolhido desde o dia 22 de setembro. Nessa quinta-feira (06), o DHPP deu cumprimento a mais um mandado de prisão em desfavor do acusado, por suspeita de ser o mandante do latrocínio.

“Também foi preso ontem e já se encontra recolhido na Cadeia de Altos o outro indivíduo que estava dando apoio logístico, as informações necessárias de como seria feito o assalto e os bens que seriam arrecadados”, disse o delegado Barêtta.

Motivação

O delegado Barêtta esclareceu ainda que o DHPP sempre trabalhou com a hipótese de latrocínio e que a motivação do crime seria o patrimônio do empresário.

“A motivação era o patrimônio da vítima. Eles inclusive sabiam que a vítima tinha um caminhão, tinha um carro e valores que estariam naquele dia dentro da mochila. Havia toda uma organização para que fosse levado o dinheiro, o carro e também o caminhão que a vítima possuía. Está mais claro do que o sol do meio dia em Teresina [que foi latrocínio]. Nós temos todos os fatos em si ali entabulados nos autos do inquérito policial. A gente não trabalha com ilações. A gente trabalha com o que está posto nos autos”, frisou o diretor do DHPP.

Quadrilha especializada em roubos

O diretor do Departamento de Homicídio relevou ainda que a quadrilha que planejou e executou o latrocínio de Rafael Soares é especializada nesse tipo de crime, mas garantiu que os foragidos serão capturados e punidos.

“O delegado fez o esboço e a participação de cada um dos indivíduos envolvidos. Qual a participação e qual a cumplicidade deles nessa trama criminosa. Isso está no ventre do caderno investigatório. São pessoas rotineiras na prática do crime de roubo. Eles fazem do crime o seu meio de vida. O delegado está inclusive efetuando buscas no sentido que a gente possa prender o restante da quadrilha e esclarecer os fatos em toda a sua extensão”, completou o delegado Barêtta.

Assassinato do empresário Rafael Soares

O empresário Rafael Soares de Sousa, 24 anos, foi assassinado no dia 26 de setembro após ter sido atingido com um tiro por um criminoso na porta de sua residência. Ele ainda chegou a correr para dentro de casa e em seguida foi socorrido pelo Samu, mas não resistiu ao ferimento e morreu no Hospital de Urgência de Teresina.

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