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Teresina - Piauí

Testemunha revela detalhes sobre morte de adolescente no Edgar Gayoso

As testemunhas revelaram que não acreditam que a morte do amigo de escola ocorreu de forma proposital.

Testemunhas que estavam na casa onde o adolescente Antônio Gelson de Moraes Júnior foi morto com um tiro no pescoço, na manhã dessa terça-feira (08), no residencial Edgar Gayoso, zona norte de Teresina, relataram como ocorreu a morte do garoto de 16 anos, em entrevista exclusiva ao GP1 nesta quarta-feira (09), durante o velório que aconteceu no Parque Wall Ferraz.

Ao todo, sete amigos que estudavam juntos na Escola Mundinho Ferraz, se reuniram para fazer um trabalho do colégio, na manhã da última segunda-feira (08), na casa do adolescente de 17 anos, suspeito de efetuar o disparo que matou Antônio Gelson. Na residência, localizada no residencial Edgar Gayoso, estavam a irmã do suspeito e os sete amigos, sem a supervisão de adultos.

Foto: Alef Leão/GP1Um grupo de amigos do jovem Antônio Gelson de Moraes Júnior presenciou a morte do adolescente
Um grupo de amigos da escola do jovem Antônio Gelson de Moraes Júnior presenciou a morte dele

A morte de Antônio Gelson aconteceu, quando o suspeito de 17 anos encontrou uma espingarda de fabricação caseira, que pertence ao seu padrasto. Conforme testemunhas, ao exibir a arma para os amigos, o adolescente efetuou um disparo contra o muro, porém, a arma não disparou. Já ao efetuar um segundo disparo também em direção a parede, o projetil atingiu o muro, ricocheteou e atingiu a região do pescoço de Antônio Gelson de Moraes Júnior.

Foto: Reprodução/WhatsAppAntônio Gelson de Moraes Júnior
Antônio Gelson de Moraes Júnior

Suspeito de efetuar o disparo era cunhado e amigo próximo da vítima

As testemunhas revelaram que não acreditam que a morte do amigo de escola ocorreu de forma proposital. Eles alegam que foi um acidente porque o suspeito, que era amigo e cunhado da vítima, não teria apontado a arma diretamente para o amigo, apenas estaria exibindo a espingarda de fabricação caseira.

"Ele [suspeito] encontrou a arma perto do sofá, nessa hora a maioria de nós [amigos e testemunhas] estava dentro da casa e ele foi para a área externa mostrar a arma para o Júnior [como Antônio Gelson de Moraes Júnior era chamado] e para outro amigo nosso. Nessa hora, ele apontou a arma para o muro e não disparou, já na segunda vez que ele apontou para o muro, a arma disparou e a bala de chumbo voltou, acertando o pescoço do Júnior", explicou uma das testemunhas que preferiu não se identificar.

"Na hora que ele [suspeito] acertou o Júnior, a gente se assustou e foi ver o que era, e aí a gente viu ele ajoelhado ao lado do Júnior todo ensanguentado pedindo perdão, que não tinha sido de propósito", disse.

Ainda conforme o relato das testemunhas, Antônio Gelson de Moraes Júnior namorava com uma adolescente de 15 anos, que é irmã do suspeito de 17 anos. Todos os envolvidos estudavam na Escola Mundinho Ferraz. Contudo, como a unidade escolar está em obras, eles foram transferidos para a Escola Corina Machado, no residencial Jacinta Andrade.

O crime

Antônio Gelson de Moraes Júnior, morreu no início da tarde dessa terça-feira (08), após ter sido atingido com um disparo de arma de fogo na região do pescoço. O homicídio aconteceu no residencial Edgar Gayoso, localizado na zona norte de Teresina. O suspeito de efetuar o disparo é um outro adolescente de 17 anos, que fugiu do local.

Foto: Reprodução/WhatsAppLocal da ocorrência
Local da ocorrência

Antônio Gelson foi socorrido para o Hospital Mariano Castelo Branco, mas acabou morrendo dentro da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que havia sido acionada para encaminhá-lo para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em função da gravidade do ferimento. Contudo, diante do óbito, a equipe do Samu encaminhou o corpo da vítima diretamente para o Instituto de Medicinal Legal (IML) de Teresina.

Investigações

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) está a cargo das investigações sobre o homicídio de Antônio Gelson de Moraes Júnior e deve esclarecer as reais circunstâncias da morte do adolescente.

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