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Teresina - Piauí

Pacientes denunciam falta de medicamentos na UPA do Promorar

Segundo os denunciantes, o hospital também não possui profissionais para atender o público.

O GP1 recebeu uma série de denúncias, nessa quinta-feira (14), sobre a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Promorar, localizada na zona sul de Teresina. Segundo os denunciantes, o hospital está com uma enorme escassez de medicamentos e sem profissionais para atender o público.

O senhor Márcio Freire, que esteve no hospital para receber cuidados médicos, contou à nossa reportagem que conseguiu atendimento na unidade de saúde, porém um dos medicamentos que o paciente deveria tomar na veia estava em falta e os demais não tinham como serem aplicados, já que os profissionais encarregados para a função não estavam trabalhando.

“Eu procurei o UPA pois estou com febre, dor de cabeça, tosse seca e dor no corpo e como sou hipertenso decidi ir na unidade de saúde. Quando cheguei lá, tive muita dificuldade em ser atendido, passei pelo acolhimento e não mediram nem minha temperatura. Eu falei que era hipertenso, que estava preocupado com a minha pressão e me informaram que não tinha como aferir minha pressão pois na UPA toda só tem um aparelho e ele estava na área de sutura. Esperei um tempo para falar com o médico e o doutor me passou Dexametasona e a dipirona, mas foi logo me informando que só tinha a dipirona líquida no hospital e o ideal era a injetável, na veia, que passa mais rápido”, detalhou o paciente.

Ainda segundo Márcio Freire, na sala onde é aplicada a medicação não tinha nenhum enfermeiro. No local tinha apenas uma senhora gemendo de dor, que também estava esperando atendimento. “O que estão fazendo com os pacientes naquele hospital é desumano”, afirmou o denunciante

“Como só tinha a dipirona líquida, eu fui atrás de tomar pelo menos a Dexametasona. Quando entrei na sala de medicamentos não encontrei nenhum profissional para me atender, o que encontrei lá foi uma mulher gemendo de dor. Ela me informou que estava aguardando alguém aparecer para aplicar a medicação nela e já estava com mais de 2 horas que ela estava naquele lugar querendo ser atendida”, complementou.

Outra denunciante, que preferiu não se identificar, relatou a mesma situação ao GP1. Segundo ela, o problema é recorrente e nessa quinta-feira (14) nenhum profissional apareceu na unidade de saúde para atender os pacientes na sala de medicação. “Muitos medicamentos estão em falta no hospital e os que tem não estamos conseguindo tomar, pois não tem a pessoa para aplicar. Estou também esperando uma pessoa para fazer exame de sangue, que também não tem. Não sei se não vieram trabalhar ou se não faz é ter profissionais para as áreas. Ninguém do hospital esclarece nada para os pacientes, estamos sem assistência”, lamentou a outra denunciante.

Outras pessoas ouvidas pela nossa reportagem detalharam a mesma situação na unidade de saúde. Os pacientes também reclamaram do tempo de demora para o atendimento médico e falta de testes de covid-19.

Outro lado

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou por meio de nota que o hospital não possui problemas relacionados a falta de profissionais e que o critério para ser atendido na UPA é o estado de gravidade de cada paciente.

Em relação as medicações que os pacientes relataram que estavam faltando, a FMS esclareceu que a dipirona injetável está em falta em todas as regiões do Brasil e que na unidade de saúde possui outros remédios para substituir a dipirona. Por fim, a fundação também explicou que a UPA do Promorar possui sim testes para covid, mas só são feitos após a avaliação médica e caso exista a necessidade.

Confira a nota da FMS na íntegra:

Não procede a informação sobre a falta de profissionais e a unidade de saúde está funcionando com todas as equipes completas.

Nos atendimentos em UPA o critério não é a ordem de chegada e sim o estado de gravidade do paciente. A classificação de risco é definida pelo Ministério da Saúde como padrão nacional de atendimento.

Sobre o teste covid ele está disponível na UPA mas só é realizado após avaliação médica e se o médico decidir que é necessário. Ou seja, a realização está condicionada à definição médica de se realmente é necessário.

Sobre a medicação Dipirona injetável ela está em falta no país inteiro. Na UPA existe Dipirona em gotase em cápsula. Também existem outros medicamentos injetáveis que podemos substituir a Dipirona. Mas toda medicação só pode ser aplicada mediante prescrição médica.

A lotação tem ocorrido porque a população tem indo as UPAS buscando atendimento que são resolvidos nas UBS. A orientação da FMS é para que a população procure primeiro à UBS porque as UPAS são para atendimento de urgência.

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