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Teresina - Piauí

Policiais federais fazem manifestação por melhorias na carreira em Teresina

Em Teresina, a manifestação dos servidores federais aconteceu em frente à sede da Polícia Federal.

Policiais federais no Piauí, entre delegados e peritos criminais, paralisaram as atividades por uma hora nesta quinta-feira (12), cobrando a reestruturação da carreira policial e melhorias nas categorias. Em Teresina, a manifestação dos servidores federais aconteceu em frente à sede da Polícia Federal, localizada na Avenida João XXIII, zona leste da Capital.

Em entrevista ao GP1, a diretora regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), delegada Léa Mesquita, afirmou que os servidores estão sofrendo com a defasagem na carreira e destacou a falta de gratificações que atinge a classe. Ela ainda pontuou que o trabalho da Polícia Federal é destaque em todo o país e merece melhor tratamento por parte do Governo.

Foto: Brunno Suênio/GP1Diretora regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), delegada Léa Mesquita.
Diretora regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), delegada Léa Mesquita.

“É um trabalho exclusivo, não podemos trabalhar em outro local, e nós não recebemos nenhum tipo de gratificação. Por exemplo, a Receita Federal recebe bônus de produtividade, a AGU recebe honorários advocatícios e quando a gente compara com a nossa carreira, que antes ficava páreo a páreo com essas outras carreiras, a gente vê cada vez mais um distanciamento e isso desmotiva. Fazemos um serviço especial, a gente coloca a vida em risco, trabalhamos com afinco, a instituição é respeitada, uma das mais reconhecidas pela sociedade, quando, na verdade, os servidores não estão tendo o tratamento que deveriam ter”, pontuou.

O perito criminal e diregor regional da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Weyler Nunes, declarou que a classe está sentindo a queda no poder de compra por conta da defasagem salarial e da inflação, que atingiu os dois dígitos nos últimos meses.

Foto: Brunno Suênio/GP1Diretor regional da Associação Nacional dos Peritos Federais, Weyler Nunes.
Diretor regional da Associação Nacional dos Peritos Federais, Weyler Nunes

“Primeiro lugar, é externar a nossa insatisfação mediante o que está acontecendo. Por tudo que vem acontecendo nos últimos anos, a questão da Reforma da Previdência, que nós fomos penalizados, tanto com o aumento da nossa contribuição que gera, diretamente, uma perda salarial e também um aumento do tempo de trabalho dos servidores. A questão também da defasagem salarial, a inflação já ultrapassou dois dígitos, então eu calculo que hoje nossa defasagem gira em torno de 30% a 40%. Então, é muito importante esclarecer que a gente não está pleiteando aumento, a gente está pleiteando meramente uma reposição salarial para a gente voltar ao mesmo poder de compra que afeta, diretamente, a qualidade da nossa vida, que tem afetado diretamente a maioria dos nossos colegas de forma negativa. Então, resumindo, estamos expondo essa insatisfação para a sociedade e mobilizar o Governo, o Congresso com relação a essa nossa demanda. Sempre a gente luta pela valorização, isso afeta diretamente a instituição porque a força da Polícia Federal está em seus servidores e esse problema, neste último Governo, tem gerado muita frustração, porque a Segurança Pública era uma das principais bandeiras desse Governo e a gente se frustrou pelo não atendimento das nossas demandas”, explicou.

A mobilização nacional concentra ainda policiais federais e demais servidores.

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