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Teresina - Piauí

Procissão das Sanfonas celebra Luiz Gonzaga e Gilberto Gil em Teresina

Evento não ocorria há dois anos por conta da pandemia, e neste ano reuniu centenas de pessoas.

Marcelo Cardoso/GP1 1 / 17 14ª Edição da Procissão das Sanfonas 14ª Edição da Procissão das Sanfonas
Marcelo Cardoso/GP1 2 / 17 Procissão das Sanfonas Procissão das Sanfonas
Marcelo Cardoso/GP1 3 / 17 Professor Wilson Seraine Professor Wilson Seraine
Marcelo Cardoso/GP1 4 / 17 Sanfoneiros de todas as idades participaram do evento Sanfoneiros de todas as idades participaram do evento
Marcelo Cardoso/GP1 5 / 17 Procissão homenageou Luiz Gonzaga e Gilberto Gil Procissão homenageou Luiz Gonzaga e Gilberto Gil
Marcelo Cardoso/GP1 6 / 17 Público saiu em cortejo pela Rua Barroso Público saiu em cortejo pela Rua Barroso
Marcelo Cardoso/GP1 7 / 17 Evento reuniu centenas de pessoas Evento reuniu centenas de pessoas
Marcelo Cardoso/GP1 8 / 17 Concentração aconteceu na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Dores Concentração aconteceu na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Dores
Marcelo Cardoso/GP1 9 / 17 Centenas de pessoas participaram da procissão Centenas de pessoas participaram da procissão
Marcelo Cardoso/GP1 10 / 17 Léo Xenhenhem Léo Xenhenhem
Marcelo Cardoso/GP1 11 / 17 Sanfoneiros compareceram em peso Sanfoneiros compareceram em peso
Marcelo Cardoso/GP1 12 / 17 Elaine Osório Elaine Osório
Marcelo Cardoso/GP1 13 / 17 Sanfoneiro marcou presença Sanfoneiro marcou presença
Marcelo Cardoso/GP1 14 / 17 Família na procissão Família na procissão
Marcelo Cardoso/GP1 15 / 17 Adeno Oliveira Adeno Oliveira
Marcelo Cardoso/GP1 16 / 17 Francisco Emanuel, filho de Adeno Oliveira Francisco Emanuel, filho de Adeno Oliveira
Marcelo Cardoso/GP1 17 / 17 Evento foi finalizado com apresentações musicais em frente ao Museu do Piauí Evento foi finalizado com apresentações musicais em frente ao Museu do Piauí

Após um hiato de dois anos provocado pela pandemia, a tradicional Procissão das Sanfonas voltou a movimentar o Centro de Teresina na tarde desta terça-feira (02). A 14ª edição do evento, que tem como grande patrono o rei do baião, Luiz Gonzaga, homenageou os 75 anos da canção Asa Branca e o aniversário de 80 anos do cantor e compositor Gilberto Gil.

A concentração começou às 15h na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva, e após a benção das sanfonas todos os presentes saíram em cortejo pela Rua Barroso até o Museu do Piauí.

O professor Wilson Seraine, presidente da Colônia Gonzaguiana do Piauí, que organiza o evento, é um grande entusiasta da cultura popular. Fã de Luiz Gonzaga e dono de um grande acervo relacionado ao rei do baião, Wilson Seraine comemorou a volta da Procissão das Sanfonas.

“São 14 anos da Procissão das Sanfonas, estamos extremamente felizes, voltar ao chão, como o Gonzaga gostava, fazer uma coisa para o povo, pensando no povo. Estou muito feliz com o retorno da procissão, depois de dois anos afastados, lembrando o mestre Gilberto Gil e a música mais importante do Brasil, que é a Asa Branca. Luiz Gonzaga para mim e para todo nordestino representa a verdadeira essência do Nordeste, Gonzaga é o próprio sertão, então a gente está muito feliz de ser esse porta-voz de Luiz Gonzaga para mostrar para o povo a verdadeira música brasileira”, declarou Wilson Seraine em entrevista ao GP1.

O cantor Léo Xenhenhem, vocalista da banda Xenhenhem, marcou presença na procissão, e ressaltou que o evento fortalece a memória de Luiz Gonzaga. “Aqui são as raízes da nossa cultura, serve para regar e fortalecer o espírito, Luiz Gonzaga é a base da nossa cultura e da nossa música. Trabalho com isso, a sanfona é branca em homenagem ao Luiz Gonzaga”, afirmou o músico.

Elaine Osório, que já acompanhava as edições anteriores, também marcou presença neste ano e observou um aumento no público. “O Luiz Gonzaga representa toda uma cultura nordestina, a Procissão das Sanfonas é uma oportunidade de agregar não só os sanfoneiros, mas toda a população que tem Luiz Gonzaga como uma referência de cultura, ele deixou uma cultura que ultrapassa gerações, e o que a gente tem prestado atenção é que a cada edição da procissão, nós temos mais adeptos”, frisou.

O sanfoneiro Vicente Visgueira está na estrada há 50 anos tocando o instrumento. Ele enfatizou a importância de Luiz Gonzaga para a cultura popular. “São 50 anos de sanfona, é um dia de comemoração, a gente está aqui para comemorar Luiz Gonzaga, tocar músicas de Gonzaga, tocar sanfona, xote e baião”, colocou.

Sanfona de pai para filho

No meio da multidão, muitas histórias comoventes, como a de Adeno Oliveira, que levou a esposa e o filho, o pequeno Francisco Emanuel, já com uma sanfoninha nas mãos. Adeno conta que a mãe, já falecida, sempre quis aprender a tocar sanfona, mas acabou partindo sem realizar o sonho. Como forma de homenagear a preservar a memória da mãe, o filho decidiu aprender a tocar e levar o legado adiante.

“O sonho da minha mãe era tocar sanfona. Depois eu a perdi, e uma forma de reencontrá-la foi tentar realizar um sonho dela, e comecei a estudar sanfona. A primeira vez que eu toquei a música Asa Branca, que ela gostava, foi uma emoção muito grande. Eu disse: posso até não ser um bom tocador, mas meu filho vai começar de pequenininho e com isso ele vai ser um sanfoneiro bom, e hoje ele segue esses passos. Bate o pé, pede todas as músicas do Luiz Gonzaga, ele gosta dessas músicas de Alceu Valença, de Gonzaga, e a gente vai levando pra frente, de pai pra filho”, afirmou Adeno Oliveira, visivelmente emocionado.

A Procissão das Sanfonas foi encerrada com apresentações musicais em um palco na frente do Museu do Piauí, na Praça da Bandeira.

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