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Teresina - Piauí

Demóstenes Ribeiro diz que operação da PF foi "retaliação" por posicionamento político

Empresário foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal.

O empresário e professor Demóstenes Ribeiro divulgou uma nota à imprensa na noite desta terça-feira (28), na qual se pronuncia sobre o mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal em sua residência, nesta manhã. Ele afirmou que está sendo vítima de “retaliação” por suas opiniões políticas.

Segundo Demóstenes Ribeiro, policiais federais se dirigiram até sua casa nas primeiras horas desta manhã, contudo, ele já havia saído para trabalhar. O empresário conta que recebeu uma ligação da família, informando que a polícia estava na residência.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Demóstenes Ribeiro conta sobre sucesso do pump na academia
Demóstenes Ribeiro

“Fui surpreendido com uma ligação da minha família noticiando que nossa residência foi invadida, alvo de uma operação da Polícia Federal, em cumprimento de mandado de busca e apreensão exarado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, com objetivo de apurar meu suposto envolvimento na incitação de piauienses para que participassem dos atos antidemocráticos ocorridos na Praça dos Três Poderes”, diz na nota.

Demóstenes Ribeiro informou que, tão logo tomou conhecimento do cumprimento do mandado, se dirigiu à sede da PF, na zona leste de Teresina, e apresentou seu telefone celular espontaneamente.

Foto: DivulgaçãoDemóstenes Ribeiro na sede da Polícia Federal
Demóstenes Ribeiro na sede da Polícia Federal com os advogados Queiroz, Braz & Solano

“Prontamente compareci na sede da Polícia Federal e apresentei espontaneamente meu celular para que fosse apreendido e devidamente periciado. Apesar do prejuízo e do impacto profissional com a entrega do meu aparelho de telefone, sigo tranquilo e estou certo que com o resultado da perícia a verdade prevalecerá”, ressaltou.

“Retaliação”

Por fim, o empresário avaliou que a operação policial pode ser uma “retaliação” por seus posicionamentos políticos.

“Acredito que esta ação pode ser mais um episódio de retaliação devido às minhas opiniões políticas, mas reitero minha confiança nas instituições que apuram os fatos na busca pela verdade e certamente chegarão à conclusão da minha integridade”, concluiu Demóstenes Ribeiro.

Leia na íntegra a nota:

NOTA À IMPRENSA E SOCIEDADE

Prezados,

Venho publicamente esclarecer a todos sobre o lamentável episódio ocorrido em minha residência nesta manhã do dia 28/novembro/2023, quando fui alvo de uma operação da Polícia Federal em cumprimento a um mandado de busca e apreensão, emitido pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito que apura os atos de vandalismo ocorridos na Praça dos Três Poderes no dia 08 de janeiro deste ano.

Inicialmente, cumpre observar que minha assessoria jurídica ainda não teve acesso ao teor da investigação, portanto, não sabemos ainda a razão dessa vinculação absurda da minha pessoa com os atos de vandalismo investigados, ditos antidemocráticos.

Hoje, como de costume, seguindo minha rotina de mais de 35 anos de atividade profissional, e a cartilha do trabalhador honesto brasileiro, eu saí normalmente de casa às 04h50 da manhã, para abrir minha empresa, que leva o meu nome (Academia Demóstenes Ribeiro), e iniciar mais um dia de trabalho honrado. Por esse motivo eu não me encontrava em casa no momento do ocorrido.

Essa é minha vida, diariamente eu acordo e saio para trabalhar dignamente, como visto, começo meu dia mais cedo do que o início das operações policiais.

Na ocasião, por volta das 06h da manhã, fui surpreendido com uma ligação da minha família noticiando que nossa residência foi invadida, alvo de uma operação da Polícia Federal, em cumprimento de mandado de busca e apreensão exarado pelo Ministro Alexandre de Moraes, do STF, com objetivo de apurar meu suposto envolvimento na incitação de piauienses para que participassem dos atos antidemocráticos ocorridos na Praça dos Três Poderes, no dia 08/janeiro/2023.

Ato contínuo, prontamente compareci na sede da Polícia Federal e apresentei espontaneamente meu celular para que fosse apreendido e devidamente periciado. Apesar do prejuízo e do impacto profissional com a entrega do meu aparelho de telefone, sigo tranquilo e estou certo que com o resultado da perícia a verdade prevalecerá.

Quero enfatizar categoricamente que nego qualquer participação ou envolvimento nos referidos atos de violência e antidemocráticos. Sou veementemente contra e repudio qualquer forma de violência, pois prezo pela ordem e respeito às instituições democráticas.

Reconheço a seriedade do processo eleitoral e respeito o resultado das urnas que representa a vontade popular, além das instituições democráticas, apesar das críticas que posso expressar em relação a elas.

Acredito que esta ação pode ser mais um episódio de retaliação devido às minhas opiniões políticas, mas reitero minha confiança nas instituições que apuram os fatos na busca pela verdade e certamente chegarão à conclusão da minha integridade.

Renovo meu compromisso com a transparência e a verdade, estou à disposição de todos para quaisquer dúvidas que possam surgir, especialmente para cooperar com as autoridades na elucidação dos fatos.

Agradeço a compreensão de todos neste momento delicado.

Atenciosamente,

Demóstenes Rodrigues Ribeiro

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