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Piracuruca - Piauí

Gaeco deflagra operação contra acusados de fraudar licitações no Piauí e Ceará

O grupo é acusado de comandar cinco empresas que concorriam entre si nos processos licitatórios.

O Ministério Público do Piauí, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Fagos, que investiga fraudes nas licitações em prefeituras do Ceará e do Piauí em valor superior a R$ 180 milhões. A ação, realizada em apoio ao Gaeco do Ceará, resultou na prisão de cinco pessoas, acusadas de atuarem em uma organização criminosa acusada de peculato, lavagem de dinheiro e outros crimes contra a administração pública.

Entre os alvos da investigação estão agentes públicos, empresários e suspeitos de operarem o esquema que fraudou licitações em mais de 20 municípios. No Piauí foi dado cumprimento a um mandado de busca e apreensão na cidade de Piracuruca contra um suspeito de participar do esquema criminoso.

Foto: Divulgação/MPPIGaeco cumpriu mandado contra um alvo na cidade de Piracuruca
Gaeco cumpriu mandado contra um alvo na cidade de Piracuruca

Na ocasião, o Gaeco do Piauí e do Ceará realizou a apreensão de aparelhos celulares, computadores e documentos que substituam mais a investigação. Além disso, foi determinado pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas a quebra de sigilo bancário e telemático dos investigados, assim como o bloqueio de bens de alguns envolvidos.

Foto: Divulgação/MPPIUm grupo é acusado de comandar cinco empresas que inflavam a cotação de preços em licitações
Um grupo é acusado de comandar cinco empresas que inflavam a cotação de preços em licitações

Investigação

Segundo informações do Ministério Público do Ceará, a investigação sobre o esquema de fraudes licitatórios iniciou em setembro de 2023, após um e-mail anônimo denunciar um esquema criminoso envolvendo cooperativas de mão de obra em nome de “laranjas”.

Nesse contexto, um grupo controlava cinco cooperativas que concorriam entre si nas licitações, e assim acabavam inflacionando a cotação de preços dos certames, garantindo um valor maior para o contrato. Após ter a licitação vencida, o dinheiro desviado era dividido entre agentes públicos, empresários e operadores.

Foto: Divulgação/MPPIOperação foi deflagrada nesta terça-feira (12) pelo Gaeco do Piauí e Ceará
Operação foi deflagrada nesta terça-feira (12) pelo Gaeco do Piauí e Ceará

Mesmo assim, a empresa vencedora servia apenas como mediadora para contratação de funcionários, já que a maioria eram indicados pelo município contratante, que também determinava o salário a ser pago.

O esquema era praticado há pelo menos três anos nos municípios de Acopiara, Aracoiaba, Itapipoca, Boa Viagem, Brejo Santo, Crateús, Forquilha, Guaraciaba do Norte, Ipueiras, Irauçuba, Itapiúna, Jucás, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Quixeramobim, Salitre, Senador Pompeu, Tabuleiro do Norte, Tejuçuoca, Tururu e Umirim, no Estado do Ceará.

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