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Teresina - Piauí

Polícia abre inquérito para investigar dirigentes da Globaltask, concessionária da Piauí Conectado

Eles são acusados de invasão de dispositivo informático qualificada e associação criminosa.

A Polícia Civil do Piauí instaurou inquérito policial para investigar proprietários e diretores do grupo HPAR Participações Ltda, por possível crime de informática que visa dificultar intervenção do Governo do Estado na SPE (Sociedade de Propósito Específico) Piauí Conectado.

A HPAR Participações é a holding controladora das empresas Globaltask, Bao Bing, H.Tell, Megaon, HPRINT e Stron Infraestrutura. O grupo criou a empresa Piauí Conectado, após vencer a licitação de parceria público-privada do Governo do Piauí para fornecer internet para todos os municípios do Estado com alta velocidade e a preços baixos.

No dia 5 de dezembro, o Governo do Piauí decretou intervenção na empresa Piauí Conectado, após fiscais do estado identificarem diversas irregularidades cometidas por dirigentes do grupo empresarial na gestão da concessionária. Entre essas irregularidades, estão a recusa no fornecimento de informações sobre os serviços e a suspeita de realização de subcontratações superfaturadas com outras empresas vinculadas ao Grupo HPAR.

Foto: Lucas Dias/GP1Sede do Piauí Conectado
Sede do Piauí Conectado

Nesta semana, a Polícia Civil abriu inquérito policial após a Comissão de Intervenção descobrir a prática de diversos atos de vandalismo praticados por dirigentes e funcionários com o objetivo de ocultar informações, apagar registros e afetar a segurança da rede de internet, colocando em risco o funcionamento de todo o sistema de comunicação dos órgãos estaduais.

Os investigadores apuram se funcionários foram instruídos pelos diretores a acessarem os sistemas de forma remota e a tomarem o controle das redes do Piauí Conectado, atrapalhando a auditoria realizada pela comissão de intervenção. Além da invasão, funcionários podem ter sido orientados a excluir dados e a bloquear o acesso dos técnicos a todos os sistemas da Piauí Conectado, prejudicando o funcionamento da empresa.

Os dirigentes e funcionários do Grupo HPAR são investigados pela suposta prática dos crimes de invasão de dispositivo informático qualificada, interrupção de serviço telemático ou de informação de utilidade pública e associação criminosa, e podem ser punidos com penas de até 11 anos de prisão e multa.

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