A Central de Inquéritos da Comarca de Teresina decretou, nesta quarta-feira (1º), segredo de Justiça no inquérito da Delegacia de Feminícidio, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga Thiago Mayson da Silva Barbosa, acusado de estuprar e matar a estudante de Jornalismo Janaína da Silva Bezerra. O crime ocorreu no sábado, 28 de janeiro, e desde então o suspeito está preso.
A informação foi confirmada com exclusividade ao GP1 pela delegada Nathalia Figueiredo, titular da Delegacia de Feminicídio. “O segredo foi determinado devido à natureza da tipificação penal dada ao flagrante”, informou a delegada à nossa reportagem.
O advogado Francisco Filho, que está representado a família de Janaína Bezerra, explicou que casos de crimes bárbaros como esse geralmente correm em segredo de Justiça.
“Alguns casos de crime de abuso sexual são em segredo em Justiça, inclusive o inquérito está em segredo desde a manhã de hoje. Falamos hoje com a delegada do caso e parece que esse pedido de segredo já estava sendo cogitado. Então, tudo da investigação ocorre em segredo, as diligências e qualquer tipo de andamento e as partes envolvidas não podem se pronunciar sobre o caso”, disse o advogado.
DHPP tem até o dia 6 de fevereiro para concluir inquérito
A Delegacia de Feminicídio do DHPP tem até o dia 6 de fevereiro para concluir o inquérito. A polícia já ouviu duas amigas da Janaína, um segurança da UFPI, onde ela foi encontrada morta, e uma quarta pessoa, que não teve o nome revelado.
Entenda o caso
A estudante de jornalismo Janaína da Silva Bezerra, de 21 anos, foi encontrada morta na manhã do dia 28 de janeiro no campus da UFPI, na zona Leste de Teresina, após uma calourada. O suspeito do crime, Thiago Mayson, é aluno do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Matemática da UFPI. Ele está preso.
Segundo testemunhas, a estudante havia participado de uma calourada na sede do Diretório Central dos Estudantes – DCE da UFPI na noite do dia 27. Ele foi encontrada por seguranças da universidade nos braços do suspeito, com sinais de agressão.
Laudo constatou o estupro
De acordo com o delegado Barêtta, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o laudo de necrópsia apontou que Janaína foi estuprada e teve o pescoço quebrado.
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