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Teresina - Piauí

Sintetro descumpre decisão do TRT e teresinense fica sem ônibus nesta quarta

Os trabalhadores do setor paralisaram 100% as atividades desde a última segunda-feira (13).

Alef Leão/GP1 1 / 9 Sintetro descumpre decisão do TRT Sintetro descumpre decisão do TRT
Alef Leão/GP1 2 / 9 Motoristas e cobradores de ônibus param transporte público Motoristas e cobradores de ônibus param transporte público
Alef Leão/GP1 3 / 9 Nenhum ônibus saiu da garagem Nenhum ônibus saiu da garagem
Alef Leão/GP1 4 / 9 Ônibus parados na garagem Ônibus parados na garagem
Alef Leão/GP1 5 / 9 Transporte Alternativo ficou lotado Transporte Alternativo ficou lotado
Alef Leão/GP1 6 / 9 Outra alternativa encontrada foram os motoristas de aplicativo Outra alternativa encontrada foram os motoristas de aplicativo
Alef Leão/GP1 7 / 9 Transporte Alternativo circula no lugar dos ônibus Transporte Alternativo circula no lugar dos ônibus
Alef Leão/GP1 8 / 9 Passageiros a espera de transporte alternativo Passageiros a espera de transporte alternativo
Alef Leão/GP1 9 / 9 Trabalhadores ficam horas na parada de ônibus Trabalhadores ficam horas na parada de ônibus

O GP1 foi às ruas de Teresina nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (15) e atestou que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro) está descumprindo a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no Piauí para que 100% da frota de ônibus fosse colocado em circulação nos horários de pico e 80% nos demais horários a partir de hoje. Os trabalhadores do setor paralisaram cem por cento desde a última segunda-feira (13).

Nossa reportagem conferiu in loco e confirmou que nenhum ônibus deixou as garagens nesta manhã. Enquanto isso, as paradas estavam lotadas de passageiros que esperavam a chegada de veículos cadastrados para se deslocar ao destino desejado.

“Rapaz, eu vou me arriscar, já paguei a passagem, porque vou para o Shopping da Cidade tentando indo trabalhar, se eu não trabalhar eu não ganho”, afirmou Rita de Sousa, uma comerciante de Teresina que também é uma das afetadas pela ausência do transporte público da Capital.

A atendente Maria Lúcia que reside no bairro Todos os Santos, detalhou sua peregrinação diária para conseguir chegar ao trabalho no Mocambinho, zona norte da cidade.

“Venho do bairro Todos os Santos e vou para a Praça do Fripisa para ir ao bairro Mocambinho, mas isso em tempos normais. Agora fico um tempão no Todos os Santos esperando a van, o ligeirinho ou os ônibus cadastrados. Vou até o centro e eles [veículos que estão rodando na greve] demoram muito nas paradas para pegar pessoas. Tenho que entrar às 8h, mas sempre chego atrasada”, declarou a atendente.

Determinação

O desembargador Téssio da Silva Torres, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Piauí, determinou que 100% da frota de ônibus circule nos horários de pico e 80% nos demais horários em Teresina. A decisão foi dada na tarde dessa terça-feira (14) após ação ajuizada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).

Confira aqui a decisão na íntegra

O desembargador Téssio da Silva Torres estabeleceu multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da determinação. "Diante de tais fundamentos, e considerando que o movimento paredista no transporte público desta capital, já normalmente deficiente, gera indubitável prejuízo para a população, com reflexos diretos em outros setores também considerados essenciais", destacou o desembargador.

Greve no transporte público

A greve no transporte público de Teresina entrou no segundo dia consecutivo nessa terça-feira (14), aumentando o impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro) e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).

Os trabalhadores reivindicam a assinatura da convenção coletiva, que ainda não ocorreu. Os motoristas e cobradores também não aceitaram a proposta do Setut, apresentada em audiência realizada no TRT, quando foi proposto um reajuste de 6% nos salários, 20% no auxílio alimentação e 33% no auxílio saúde.

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