A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) negou, por meio de nota, a acusação de que policiais teriam tentado proteger um suspeito de assalto ocorrido em uma loja de Teresina. A declaração foi feita pela atendente Samara Vaz, que ganhou repercussão nas redes sociais após usar spray de pimenta contra o acusado durante o expediente.
Na nota, a SSP-PI afirmou que o caso foi devidamente apurado, com adoção de todos os procedimentos legais. A pasta ressaltou que não houve qualquer tipo de favorecimento ao suspeito e que a denúncia foi registrada de forma oficial.
O acusado de cometer o assalto foi identificado como Anderson Araújo Silva, filho de um policial militar. Samara Vaz alegou que precisou sair da capital por medo de ameaças e criticou a atuação das autoridades, afirmando que se sentiu desprotegida. Apesar disso, a SSP-PI reiterou que as polícias Civil e Militar agiram dentro da legalidade.

“O suspeito foi conduzido à Justiça, que decidiu pela sua soltura, conforme os ritos legais. No entanto, o processo continuará seu curso normal. Vale ressaltar que os inquéritos policiais agora são realizados de forma online, através do PPE, não dependem mais de documentos em papel, como alegado pela vítima. Todo o procedimento foi conduzido com transparência e dentro da legalidade”, esclareceu a Secretaria em nota.
Dessa forma, a pasta ainda pontuou que as denúncias relacionadas à conduta do pai do suspeito e outros policiais militares devem ser averiguadas pela Corregedoria da Polícia Militar, que também deve decidir, se necessário, pela responsabilização dos mesmos.
Confira a nota na íntegra
A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí vem esclarecer que, em relação ao caso solicitado, a Polícia Militar e a Polícia Civil cumpriram com suas funções de forma adequada e dentro dos procedimentos legais.
O caso foi integralmente apurado pela polícia, sem qualquer tipo de favorecimento. E o suspeito foi conduzido à Justiça, que decidiu pela sua soltura, conforme os ritos legais. No entanto, o processo continuará seu curso normal.
Vale ressaltar que os inquéritos policiais agora são realizados de forma online, através do PPE, não dependem mais de documentos em papel, como alegado pela vítima. Todo o procedimento foi conduzido com transparência e dentro da legalidade.
A Secretaria de Segurança Pública esclarece ainda que, caso surjam denúncias ou questionamentos sobre a conduta do pai do suspeito, um policial militar, a Corregedoria da Polícia Militar realizará a devida apuração e responsabilização, se houver mérito para tal.
Estamos à disposição para mais esclarecimentos.
Vítima disse estar sendo ameaçada
A jovem Samara Vaz divulgou nas redes sociais um vídeo em que disse ter “fugido” de Teresina devido a ameaças de policiais. Embora não cite o nome de pessoas diretamente relacionadas ao caso, ela afirmou que alguns a abordaram e pediram que ela não registrasse boletim de ocorrência contra Anderson Araújo, e não concedesse entrevistas para a imprensa. “Eu reagi a um assalto, o que foi que aconteceu? A polícia me protegeu? Não! Não me protegeu. Eu tive que ir embora, por que se não, a própria polícia dar fim de mim”, declarou a atendente.
Ela também disse que alguns agentes a procuraram em seu local de trabalho, e alertaram que Samara tomasse cuidado pelo fato de “estar muito famosa”.
Relembre o caso
Câmeras de segurança registraram o momento em que Samara Vaz e outras duas pessoas são abordadas por um homem que anuncia o assalto, e exige o dinheiro do caixa. A jovem entrega o dinheiro e em seguida tenta tomar a arma dele, dando um início a uma luta corporal.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que um criminoso, identificado como Anderson Araújo Silva, filho de um policial militar, anuncia um assalto em um depósito de bebidas, mas se dá mal, depois que a proprietária do estabelecimento consegue tomar sua arma de fogo e joga… pic.twitter.com/NfETfrrW7a
— GP1 (@portalgp1) March 26, 2025
Outra vítima também ajuda Samara, e os dois conseguem derrubá-lo. Nesse momento, outra mulher aparece e derrama pimenta nos olhos do assaltante, que desmaia.
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