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Teresina - Piauí

"Prefeitura não tem dinheiro para colocar no sistema de transporte", diz Sílvio Mendes

Sílvio afirmou que situação financeira da prefeitura impede reajuste salarial de motoristas e cobradores.

O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, afirmou nesta segunda-feira (12) que a prefeitura não tem condições financeiras para aumentar do subsídio para o transporte público. Os motoristas e cobradores de ônibus deflagraram greve em busca de reajuste salarial de 15%.

“A prefeitura não tem dinheiro para colocar no sistema. Estamos enfrentando dificuldades financeiras, já declaramos situação de calamidade e temos dívidas elevadíssimas. Então, não há como aumentar o subsídio ao transporte coletivo”, declarou o prefeito.

Foto: Lucas Dias/GP1Sílvio Mendes, prefeito de Teresina pelo União Brasil
Sílvio Mendes, prefeito de Teresina pelo União Brasil

Sílvio Mendes acrescentou que, diante da paralisação, a Prefeitura adotou medidas emergenciais para tentar minimizar os transtornos à população. “Providenciamos o cadastro de ônibus, vans e outros transportes alternativos para reduzir o prejuízo da população. Agora, vamos acompanhar os desdobramentos para ver o que pode ser resolvido”, afirmou.

Greve dos motoristas

Os trabalhadores do transporte público de Teresina iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12). A paralisação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso.

Medidas emergenciais da STRANS

Para atender a população durante a greve, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) abriu um cadastro para veículos alternativos. Esses transportes cobrarão tarifa de R$ 4,00, com pagamento em dinheiro ou via Pix. Entretanto, durante o período da greve, não haverá direito à meia passagem estudantil.

Setut aciona Justiça do Trabalho

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) entrou com ação na Justiça do Trabalho para garantir o funcionamento de 100% da frota nos horários de pico. De acordo com o Setut, os ônibus deixaram de circular já na manhã de sexta-feira (9), o que teria descumprido determinações legais.

Em nota, o sindicato ressaltou que o transporte público é considerado serviço essencial e, conforme a Lei de Greve, deve operar com ao menos 30% da frota — salvo decisão judicial que determine percentuais maiores, como já ocorreu em Teresina.

A entidade solicitou à Justiça que o funcionamento da frota seja de 100% nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h, de segunda a sexta; das 6h às 9h e das 12h às 15h aos sábados) e 89% nos demais horários e aos domingos.

Decisão do TRT-22

Ainda na sexta-feira (9), a desembargadora Liana Ferraz de Carvalho, do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-22), determinou que o Sintetro mantenha 40% da frota em operação nos horários normais e 80% nos horários de pico, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

Reivindicações da categoria

Além do reajuste salarial de 15%, os trabalhadores reivindicam aumento no valor do vale-alimentação e melhorias no plano de saúde. Na sexta-feira (9), a categoria já havia realizado paralisações parciais como forma de pressão.

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