A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), prendeu nesta segunda-feira (05) mais uma mulher acusada de integrar o núcleo feminino da facção criminosa Bonde dos 40. Trata-se de Eryka Carollyne, conhecida pela alcunha de “Alerquina PRT 01”. Ela era considerada foragida desde o dia da Operação DRACO 210 - Faixa Rosa, realizada na última quarta-feira (30), e foi localizada e presa em Timon, no Maranhão.
Segundo informações do delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, até o momento 12 mulheres suspeitas de atuarem junto à facção foram presas. Ou seja, a captura de Eryka Carollyne é mais um desdobramento da operação que resultou na desarticulação do núcleo feminino do Bonde dos 40, incluindo com a prisão da influencer Ana Azevedo.

“O objetivo da Operação Faixa Rosa era prender 15 mulheres. No dia conseguimos efetuar a prisão de hoje 11, e hoje conseguimos prender a décima segunda, a Alerquina. Ela foi presa na cidade de Timon e foi uma operação conjunta com a Delegacia Regional de Timon, comandada pelo delegado Cláudio”, afirmou o coordenador do DRACO.
Conforme o delegado, no momento da prisão, a acusada confessou a participação em atividades criminosas na facção. “Ela é natural de Porto, e depois que ela entrou no Bonde dos 40, ela veio para Teresina e ficou circulando entre a capital piauiense e Timon. Essa mulher já tem passagem pelo sistema penitenciário, responde a processo por tráfico de entorpecentes. Ela confessou a participação dela na facção criminosa, ratificando todos os elementos e provas que a gente já tinha colhido ao longo da investigação. Ela também gerenciava outras atividades criminosas da célula feminina”, esclareceu Charles Pessoa.
Operação Faixa Rosa
A Operação DRACO 210 – Faixa Rosa foi deflagrada no dia 30 de abril com o objetivo de dar cumprimento a 34 mandados judiciais, sendo 15 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão domiciliar em Teresina e outros municípios.
Entre os alvos da ação está a influencer Ana Azevedo, que foi preso pelo DRACO, acusada de integrar o núcleo feminino da organização criminosa. A participação dela e de outras mulheres nas ações do crime organizado foram elucidados após a apreensão de um aparelho celular vinculado a A. da S. M., tia de um dos líderes da organização criminosa.

Uma análise pericial no dispositivo mostrou a estrutura hierarquizada dentro da facção, incluindo um grupo de Whatsapp intitulado “A LUTA NÂO PARA”, no qual foram identificadas mensagens, cadastros, estatutos e ordens internas relacionadas à atuação das investigadas. A análise do conteúdo extraído também confirmou o uso de linguagem codificada, símbolos da organização e a existência de um estatuto interno com normas e sanções disciplinares.
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