Moradores da Rua Joe Soares Ferry, no bairro Primavera, em Teresina, denunciaram ao GP1 nesta quarta-feira (28) que uma mulher, identificada apenas como Mayara, está vivendo em situação de rua em frente ao Hospital Areolino de Abreu. Segundo relatos, ela sofre de esquizofrenia e teria aparecido na região recentemente.
De acordo com o morador Pedro Victor, tudo indica que Mayara fugiu de casa e afirma constantemente que não é aceita pela própria família. “Ela só diz que a família não a aceita. Fala que mora em Timon, e ninguém faz nada por ela. Só sabemos que o nome dela é Mayara”, relatou Pedro.

Moradores contaram que já acionaram diversos órgãos e tentaram contato com o próprio hospital e com o serviço social da unidade, mas até o momento nenhuma providência foi tomada. “Ela faz as necessidades na rua, bebe água do esgoto e dorme todos os dias ao relento”, lamentou o morador.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a assessoria do Hospital Areolino de Abreu informou que Mayara é oriunda de Timon e havia sido internada anteriormente em um hospital do município, recusando-se a retornar para casa após receber alta. O hospital também ressaltou que ela não apresenta critérios para internação psiquiátrica e que a continuidade de seu tratamento deve ser assumida pelas instituições da cidade maranhense.
Confira a nota na íntegra
O Hospital Areolino de Abreu informa que a paciente oriunda de Timon-MA não apresenta, no momento, critérios para internação psiquiátrica, sendo seu caso de cunho social. Ela fora internada anteriormente e, após estabilizada, recebeu alta para seguimento de tratamento em CAPS de seu município, porém retornou às portas do hospital por iniciativa própria, recusando-se a retornar para casa.
A continuidade do acompanhamento deve ser assumida pelas instituições competentes do município de Timon e/ou pelas Secretarias de Assistência Social, que foram tempestivamente mobilizados por este hospital, bem como foram adotadas providências de comunicação ao Ministério Público para conhecimento e providências. Ressaltamos que não é atribuição do HAA manter internada uma paciente sem indicação clínica, apenas por sua recusa em voltar ao convívio domiciliar, o que consistiria em medida de asilamento incompatível com a legislação, com os preceitos éticos e humanitários.
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