O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), realizou audiência pública na manhã desta quarta-feira (08), onde apontou diversas deficiências do transporte público de Teresina. Entre elas, o custo para que os ônibus circulem, que chega a aproximadamente R$ 14 milhões por mês, quando o sistema arrecada apenas R$ 9 milhões, um déficit de R$ 5 milhões.

Além disso, o Relatório de Auditoria Complementar elaborado pela Diretoria de Fiscalização de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano (DFINFRA) apontou que aos sábados, há uma redução de 50% na frota em relação aos dias úteis e aos domingos a redução chega a 87%, quando apenas 34 veículos circulam em medida. Deixa ainda evidente, que algumas linhas de ônibus sequer rodam aos finais de semana.

Foto: Lucas Dias/GP1
Tribunal de Contas do Piauí (TCE-PI)

O levantamento também constatou que em dias úteis, a partir das 18h, algumas rotas não contam com nenhuma linha de ônibus circulando por elas.

Soluções apontadas

Segundo o relatório, a ordem de serviço ideal para atender a população teresinense teria que ser de 324 ônibus para atender as 2,2 milhões de pessoas que fazem uso de ônibus, considerando um mês inteiro. O custo para atender a essa demanda seria de R$ 14,19 milhões/mês, dos quais R$ 2,68 mi custeariam as frotas da zona norte, R$ 3,28 mi seriam para a zona leste, R$ 3,33 mi para a zona sudeste e R$ 4,90 mi para a zona sul.

Além disso, o levantamento sugere aumento das frotas circulantes aos domingos e daquelas que circulam a partir das 18h. Para se chegar a tal resultado, “é necessário considerar algumas soluções estratégicas. Em primeiro lugar, uma reestruturação das rotas deve ser feita com base em dados precisos de demanda de viagens e padrões de fluxo de passageiros. Isso poderia ajudar a melhorar a sobreposição de rotas e melhorar a cobertura das áreas de maior necessidade”, consta em trecho do relatório.

Foto: Lucas Dias/GP1
Paradas de ônibus em Teresina

Participantes

A audiência pública contou com a presença do presidente do TCE, Kennedy Barros; do superintendente da Strans, Bruno Pessoa; de representantes dos quatro consórcios que operam hoje na capital (Poty, Urbanus, Theresina e Transcol); do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso; de Vinícius Rufino, representando o Setut, além dos vereadores Dudu, e Edson Melo.